23 dezembro 2022

ETERNOS: CARMINE INFANTINO (1925-2013)


  Artista fundamental da Idade de Prata, delineou os contornos dessa nova era de esplendor dos super-heróis revividos pelo seu lápis. Ao leme da DC conjugou grandes talentos e tomou medidas controversas que lhe deslustraram o legado.

Lançada em outubro de 1956, Showcase #4 apresentou a reconfiguração moderna do Flash e assinalou o início da chamada Idade de Prata dos comics. A capa dessa edição histórica mostrava o Velocista Escarlate a sair, em passo de corrida, de uma tira de filme a preto e branco. O simbolismo da imagem era óbvio: anunciava-se o advento de uma nova geração de super-heróis. Mais dinâmica, otimista e de olhos postos no futuro.
Tanto a icónica capa como o belíssimo uniforme do novo Flash foram concebidos por Carmine Infantino, artista idiossincrático cujo traço suave e design inteligente ajudaram a definir o estilo visual de toda uma época.
A despeito de ter (re)criado personagens extremamente populares e de ser figura incontornável na história da 9ª Arte, o nome de Carmine Infantino pouco diz aos fãs atuais de super-heróis catequizados pelas megaproduções dos Estúdios Marvel ou pelas séries da CW. Foi, contudo, do lápis de Infantino que saiu a arquitetura da Idade de Prata, existindo um enlace entre o seu extraordinário percurso profissional e a história da DC. Ao serviço da qual viveu os seus momentos de maior glória mas, também, de maior controvérsia. O que só comprova que por detrás de cada lenda existe sempre um ser humano imperfeito que importa conhecer melhor.

Em 1956, Flash foi o arauto de uma nova era.

Carmine Michael Infantino nasceu a 24 de maio de 1925, no modesto apartamento que os seus pais, um casal de ascendência italiana, ocupavam no bairro nova-iorquino do Brooklyn. O seu pai, Pasquale "Patrick" Infantino, era violinista profissional antes de a Grande Depressão o obrigar a reinventar-se como canalizador. Apenas um dos muitos sacrifícios que fez para garantir o sustento da família. Carmine cresceu, por isso, a admirar o homem que lhe deu vida e o impediu de tomar decisões imprudentes.
Como tantas outras crianças daquela época de provações, o pequeno Carmine começou a trabalhar demasiado cedo. Aos 6 anos de idade já engraxava sapatos na rua com o avô materno; aos 10 levantava-se ainda de madrugada para fazer entregas com o tio, dono de uma mercearia. Biscates que reforçavam o magro orçamento familiar e que, de quando em vez, lhe permitiam comprar uma revista de banda desenhada.
Nos pouco tempos livres, Carmine gostava de ler a tira de Dick Tracy. Foi com ela que tomou o gosto pelo desenho e, sempre que podia, rabiscava figuras e edifícios. Sonhava ser arquiteto e foi animado por esse desejo que, na entrada para a puberdade, se matriculou na School of Industrial Arts (posteriormente renomeada High School of Art and Design), em Manhattan. Fizesse chuva ou fizesse sol, Carmine atravessava  a cidade a pé para assistir às aulas. Acompanhava-o nessa romaria diária Frank Giacoia, seu amigo de infância e  seu primeiro parceiro criativo.
Entre a escola e os biscates, Carmine passava o resto do tempo a tentar encontrar pessoas que trabalhassem nas histórias aos quadradinhos que tanto o fascinavam. Aos 15 anos, fez amizade com Charles Flanders, artista da tira Lone Ranger. Por sugestão de Flanders, Carmine tentou a sua sorte no estúdio de Harry "A" Chesler, um dos muitos que, desde a viragem da década de 30, providenciavam material às editoras que se aventuravam no emergente mercado dos comics.
Apesar da sua fama de velhaco, Harry Chesler revelou-se deveras atencioso com Carmine. Em vez de simplesmente despachar o jovem diletante, prontificou-se a pagar-lhe um dólar por dia para que ele aprendesse a desenhar com os profissionais do seu estúdio. Ao longo de todo o verão, Carmine aproveitou aquela espécie de estágio remunerado para aprender diferentes técnicas de ilustração e composição.
Demasiado jovens para cumprirem o serviço militar, Carmine Infantino e Frank Giacoia conseguiram o seu primeiro trabalho nos quadradinhos em 1942. Nesse ano, o primeiro passou a tinta os esboços do segundo para uma história de Jack Frost publicada em USA Comics #3, um dos títulos com maior tiragem da Timely. Joe Simon, o editor-chefe, ficou impressionado com o resultado final e ofereceu emprego aos dois amigos. Mas apenas um pôde agarrar aquela grande oportunidade.

Carmine Infantino teve o seu primeiro trabalho profissional
 publicado em USA Comics #3 (1942)

Enquanto Frank deixou a escola para começar a trabalhar na Timely, Carmine, então com 16 anos, foi impedido pelo pai de seguir as pisadas do amigo. Apesar das dificuldades económicas, agravadas pelo nascimento de um segundo filho, Patrick Infantino manteve-se irredutível na sua decisão. Para ele, a educação vinha em primeiro lugar. Carmine ficou naturalmente desapontado, mas o tempo encarregou-se de dar razão ao pai.
Nos anos imediatos, Carmine Infantino e Frank Giacoia continuaram a trabalhar em conjunto, mas já com os papéis invertidos. Era agora o primeiro quem trabalhava com o lápis, cabendo ao segundo arte-finalizar os seus esboços. Além da Timely, onde desenhavam as histórias do Tocha Humana e do Anjo, os dois amigos eram artistas freelancers na Hillman, na Holyoke e no estúdio de Jack Binder (fornecedor de material à Fawcett Comics).
1947 marcou o início da longa associação de Carmine Infantino com a DC. Em agosto desse ano saiu do prelo Flash Comics #86, que incluía o seu primeiro trabalho para a Editora das Lendas. A história, protagonizada por Johnny Trovoada, marcou a estreia da Canário Negro, cujo ousado visual concebido por Infantino se mantém praticamente inalterado até hoje. Apesar de ter sido criada como coadjuvante, a nova heroína depressa ascendeu a protagonista.
Antes de dobrar a esquina da década de 1940, Carmine Infantino era já o artista favorito do editor Julius Schwartz, que lhe confiou, entre outras, as histórias do Lanterna Verde (Alan Scott) e da Sociedade da Justiça da América.

Canário Negro foi a primeira criação de Carmine Infantino para a DC.

Com o declínio dos super-heróis trazido pelo pós-guerra, Carmine Infantino passou a desenhar histórias de faroeste, suspense e ficção científica. Admirador do trabalho de Milton Caniff, os seus protagonistas masculinos invocavam amiúde os da tira Terry e os Piratas. Independentemente do género, o trabalho de Infantino sobressaía sempre pela sua elevada qualidade. Era já apontado com um dos melhores artistas da sua geração.
Quando, em 1956, Julius Schwartz decidiu apostar no revivalismo dos super-heróis, Carmine Infantino e o escritor Robert Kanigher foram os escolhidos para criar uma nova versão do Flash. Muito diferente do seu antecessor da Idade de Ouro, Barry Allen fez a sua primeira aparição em outubro desse ano, no quarto número de Showcase. E não poderia ter causado melhor impressão junto dos leitores.
Parecendo saído de um filme de ficção científica, o novo Velocista Escarlate era um expoente de elegância retrofuturista. Funcional e de linhas simples, o seu uniforme, considerado um dos mais bonitos de sempre, transmitia uma sensação de agilidade mesmo quando o herói não estava em movimento. O seu emblema peitoral com um relâmpago estilizado depressa se tornou tão reconhecível como o S do Super-Homem ou o morcego do Batman. Nascia um novo ícone da cultura pop com assinatura de Carmine Infantino.
Estribado no dinamismo visual de Infantino e nas tramas invulgarmente maduras de Kanigher, o sucesso do novo Flash abriu caminho deslizante para a revitalização do Lanterna Verde e de outros heróis clássicos. Foi o dealbar de uma nova era de esplendor, que os historiadores adequadamente designariam como Idade de Prata. 

Sob o lápis de Infantino, as histórias do Flash eram sempre de alta rotação.

Em 1958, Infantino foi distinguido com o seu primeiro Alley Award (colecionaria 13 ao longo da carreira) pelo seu trabalho nas histórias do Velocista Escarlate. Sentiu, ainda assim, necessidade de sublimar alguns aspetos da sua arte. Nesse sentido, saudando os ensinamentos paternos, resolveu regressar à escola. Na Art Students League foi apresentado à obra impressionista de Edgar Degas e descobriu todo um novo horizonte de possibilidades. Durante essa fase de aprimoramento, o traço angular - e, por vezes, duro - de Infantino evoluiu gradualmente para um design de linhas finas influenciado pelas ilustrações de Lou Fine, Edd Cartier e outros artistas pulp.
Infantino continuou a refinar o seu estilo nos anos seguintes até se afirmar definitivamente como um dos melhores artistas da sua geração. Foi já com esse estatuto que, em setembro de 1961, desenhou outro marco importantíssimo na história da DC. Publicada em Flash #123, a história Flash of Two Worlds reintroduziu Jay Garrick e lançou as bases do Multiverso da Editora das Lendas. Curiosamente, a capa - uma das mais reproduzidas na história da 9ª Arte - foi esboçada por Infantino antes de Gardner Fox ter escrito a história. Método que se tornaria recorrente entre ambos, com as capas de Infantino a servirem de mote a ser glosado pelo escriba.
Alarmado com as fracas vendas da emblemática Detective Comics - sobre a qual impendia a ameaça de cancelamento -, em 1964 Julius Schwartz encarregou John Broome e Carmine Infantino de revitalizarem o Batman. A receita passou pela eliminação dos elementos pueris das histórias e pela modernização do visual do herói. À semelhança do Flash, sob o traço de Infantino o Cavaleiro das Trevas ganhou uma aparência ágil e elegante. De tão identificável que era o seu estilo, Infantino tornou-se o primeiro artista do Batman a não assinar o seu trabalho como Bob Kane - por quem, aliás, nunca escondeu a sua antipatia pessoal.
A alteração mais notável introduzida por Infantino no traje do Batman consistiu simplesmente na adição de uma elipse amarela ao redor do morcego estampado no peito, que se tornou parte integrante da personagem por mais de quatro décadas. 
No ar a partir de 1966, a série televisiva do Homem-Morcego com Adam West foi a primeira a adotar o novo figurino do herói, contribuindo decisivamente para o seu arreigamento no imaginário coletivo. No ano seguinte, quando os produtores exigiram uma coprotagonista feminina para a terceira temporada, Carmine Infantino criou, a meias com Gardner Fox, a versão definitiva da Batgirl. Por esta altura o artista já tinha ajudado a conceber outras personagens emblemáticas da DC, como Desafiador, Hera Venenosa e Homem-Elástico.

O novo visual do Batman tornou-se icónico.

Combinando publicidade comercial com Arte Pop, as capas desenhadas por Carmine Infantino possuíam uma jovialidade atraente que se tornou pedra de toque dos títulos da DC na Idade de Prata. Em vez de simplesmente colocarem em evidência uma determinada personagem ou situação, as capas de Infantino contavam pequenas histórias. Algumas quebravam igualmente a chamada quarta parede, com as personagens a interpelarem o público. De entre estas, a mais famosa é, provavelmente, a capa de Flash #163, na qual o Velocista Escarlate implora ao leitor: "Pare! Não deixe passar esta edição! A minha vida depende disso!". 
Em reconhecimento dos méritos de Infantino no campo do design e da composição, em 1967 a DC confiou-lhe a missão de desenhar todas as capas das suas revistas. Em concomitância, a arte interior de Infantino continuava a redefinir a linguagem visual das histórias de super-heróis. Mais notavelmente, a sua técnica de representação do frenético movimento do Flash - uma série de figuras numa enxurrada de linhas de velocidade - ainda hoje serve de modelo para desenhar o herói em ação.

As capas de Carmine Infantino eram um espetáculo à parte.

Quem também ficou rendido ao talento de Carmine Infantino foi Stan Lee. O então editor-chefe da Marvel aliciou-o a mudar-se para a Casa das Ideais a troco de 22 mil dólares. O que só não aconteceu porque Infantino preferiu aceitar - não sem alguma hesitação, dada a desvantagem salarial - o cargo de diretor de arte da DC. Mal teve, no entanto, tempo para aquecer o lugar.
Quando, em julho de 1967, a DC foi adquirida pela Kinney National Company (antecessora da Warner Bros.), Carmine Infantino foi surpreendentemente promovido a diretor editorial. No exercício dessas funções chancelou importantes mudanças com vista a reforçar a competitividade da Editora das Lendas num mercado onde a Marvel vinha ditando as regras.
Ao mesmo tempo que promovia artistas veteranos, como Joe Kubert e Mike Sekowski, a cargos editoriais, Infantino assegurou a contratação de um naipe de novos talentos. Neal Adams, Dennis O'Neill e Dick Giordano foram algumas das estrelas em ascensão trazidas para a DC pela mão do seu novo diretor editorial. Cujo mandato ficou igualmente marcado pelo lançamento de novos títulos e pela reformulação de praticamente todas as figuras de proa da DC. Outra aposta ganha foram as personagens licenciadas: Tarzan e Sombra tiveram o condão de atrair leitores da velha guarda.
Em 1970, tirando proveito das crescentes fricções entre Stan Lee e Jack Kirby, Carmine Infantino convenceu o Rei a trocar a Marvel pela DC. Nos cinco anos seguintes, Kirby, a quem foi concedida ampla liberdade criativa e outras regalias astrais, desenvolveu diferentes projetos, com destaque para a saga do Quarto Mundo protagonizada pelos Novos Deuses.
Apetrechada com grandes talentos e guiada pela visão de Infantino, a DC conseguia aos poucos equilibrar o jogo com a Marvel. Respirava-se confiança na Editora das Lendas, mas os ânimos não tardariam a ficar nublados.
A meteórica ascensão de Carmine Infantino na hierarquia da DC parecia imparável. Em 1971, assumiu as funções de publisher - espécie de diretor executivo -, dando início a um consulado tempestuoso em que, segundo os seus detratores, terá atingido o seu princípio de Peter.

Carmine Infantino fotografado no seu gabinete em 1973.

O período de Infantino como publisher correspondeu, com efeito, a uma retração das vendas mercê de más decisões de mercado e da competição acirrada - e, por vezes, desleal - da Marvel. O que não impediu as duas editoras de brindarem os leitores com o seu primeiro crossover
Apesar de ter escolhido pessoalmente Ross Andru para desenhar o histórico encontro entre o Super-Homem e o Homem-Aranha, Infantino, ao contrário do seu homólogo Stan Lee, não foi um entusiasta dessa iniciativa conjunta. Pouco tempo antes, a DC, por decisão de Infantino, aumentara o preço das suas revistas de 15 para 25 centavos. Subida inicialmente acompanhada pela Marvel, que entretanto baixara para os 20 centavos. 
Em virtude disso, Carmine Infantino ficou para sempre associado à chamada Implosão da DC, o cancelamento massivo de títulos lançados em barda para competir com o abundante material inédito que, desde o início da década de 1970, vinha sendo publicado pela Marvel. Somada ao aumento dos preços em contexto de crise económica, a proliferação de novas séries periódicas - quase sempre estreladas por personagens secundárias - revelou-se um erro estratégico que comprometeu o próprio futuro da Editora das Lendas.

Carmine Infantino apadrinhou, a contragosto, o primeiro crossover Marvel/DC.

Entre as medidas mais controversas tomadas por Carmine Infantino ao leme da DC esteve a demissão de artistas que reivindicavam royalties e outros direitos laborais, substituídos por mão-de-obra filipina muito mais barata. Ironicamente, em 2004 o próprio Infantino processou judicialmente a DC alegando ter sido espoliado dos direitos sobre várias das suas criações para a editora, incluindo o Flash. O processo seria no entanto arquivado quando as suas alegações foram consideradas improcedentes pelo tribunal.
Durante a pré-produção de Superman e Superman II, Carmine Infantino foi consultor de Mario Puzo na produção dos respetivos enredos. Apesar de o seu contributo ter sido determinante para o sucesso dos filmes, Infantino não foi sequer creditado. Isto depois de ter feito tudo ao seu alcance para boicotar a campanha pelo reconhecimento dos direitos de Jerry Siegel e Joe Shuster que antecedeu a chegada do Homem de Aço aos cinemas.
À beira da falência devido à má administração, em julho de 1976 a DC demitiu Carmine Infantino. Embora os contornos desta decisão permaneçam até hoje pouco nítidos, sabe-se que não se tratou de um processo amigável. Fazendo jus à sua forte costela italiana, Infantino terá reagido intempestivamente, jurando que nunca mais voltaria a trabalhar para a empresa.
Após a sua saída da Editora das Lendas, Infantino procurou, em vão, novo cargo executivo. Decidiu então regressar às origens, tornando-se artista freelancer da Warren Publishing e da Marvel. O ponto alto da sua passagem pela Casa das Ideias aconteceu quando desenhou Star Wars, título que ajudou a transformar no maior campeão de vendas do mercado. 

Na Marvel, Infantino fez de Star Wars um best-seller

Contra todas as expectativas, Carmine Infantino regressou à DC em 1981. Reassumindo, nesse mesmo ano, a série mensal do Flash, à qual continuou a emprestar o seu traço até ao cancelamento nas vésperas da Crise nas Infinitas Terras. The Daring New Adventures of Supergirl e V (título mensal vinculado à série televisiva homónima) foram outros dos projetos em que deixou a sua impressão digital durante essa segunda passagem pela Editora das Lendas. 
Antes de se aposentar, a meio da década de 1990, Carmine Infantino rendeu Marshall Rogers na tira diária do Batman e lecionou na prestigiada School of Visual Arts. Alçado ao patamar de lenda viva dos quadradinhos, continuou a atrair os holofotes mediáticos por via das suas aparições regulares em convenções de fãs, onde participava em conferências e vendia exemplares autografados da sua autobiografia intitulada The Amazing World of Carmine Infantino
O dia 4 de abril de 2013 foi o último que Carmine Infantino viu nascer. A poucas semanas de cumprir o seu 88º aniversário, o artista faleceu, de causas naturais, no seu apartamento em Manhattan. O homem que um dia sonhou ser arquiteto levou consigo a memória descritiva da Idade de Prata. Criou personagens que ainda hoje são amadas e elaborou o estilo visual da narrativa gráfica para as gerações vindouras. Apesar das controvérsias, o seu prestígio na comunidade artística saiu incólume. Desde 2000 que o nome de Carmine Infantino figura no Jack Kirby Hall of Fame que imortaliza outros grandes vultos da 9ª Arte. Homenagem merecida a quem teve na genialidade a fonte e o esteio da sua exuberante obra.

Lançada em 2001, a autobiografia de Carmine Infantino é o testemunho de diferentes épocas.


*Este blogue tem como Guia de Estilo o Acordo Ortográfico de 1990 aplicado à norma europeia da Língua Portuguesa.
*Artigos sobre Gardner Fox, Neal Adams, Dennis O'Neill, Timely Comics, Super-Homem contra Homem-Aranha e Batgirl disponíveis para leitura complementar.







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