31 janeiro 2020

GALERIA DE VILÕES: MAGNETO


  Sem concessões. Sem misericórdia. É assim que o Mestre do Magnetismo faz avançar a sua revolução mutante, mesmo se pela frente tem os pupilos de um velho amigo. Terrorista racial ou libertador de uma minoria oprimida, será sempre um dos homens mais perigosos à face da Terra.

Denominação original: Magneto 
Editora: Marvel Comics
Criadores: Stan Lee (história) e Jack Kirby (arte conceptual)
Estreia: X-Men nº1 (setembro de 1963)
Identidade civil: Max Eisenhardt (vulgo Erik Magnus Lehnsherr) 
Espécie: Homo superior
Local de nascimento: Nuremberga, Alemanha
Parentes conhecidos: Jakob e Edie Eisenhardt (pais, falecidos); Ruth Eisenhardt (irmã, falecida); Magda Eisenhardt (esposa, presumivelmente falecida); Anya Eisenhardt (filha, falecida); Lorna Dane / Polaris (filha); Joseph (clone, falecido)
Ocupação: Ex-carpinteiro, ex-caçador de Nazis, ex-terrorista internacional e ex-docente do Instituto Xavier, continua a ser um obstinado ativista dos direitos cívicos da população mutante.
Base operacional: A ilha senciente de Krakoa, localizada algures no Pacífico Sul, serve presentemente de quartel-general a Magneto que, no passado, esteve sediado em diferentes geografias. Do Asteroide M a Genosha, passando pela Terra Selvagem e pela Mansão X, foram muitas as infraestruturas e territórios a acolherem as suas atividades subversivas. Consta que disporá ainda de várias bases secretas espalhadas pelo globo, inclusive na Antártida. 
Afiliações: Ex-agente da Mossad; ex-líder e fundador da Irmandade de Mutantes; ex-líder dos Acólitos; ex-professor dos Novos Mutantes; ex-membro do Clube do Inferno;  ex-líder do Conselho Regente de Genosha e ex-membro do Quinteto Fénix, Magneto copreside atualmente com o seu velho amigo Charles Xavier ao Governo de Krakoa.
Némesis: X-Men e qualquer inimigo declarado dos mutantes.
Poderes e parafernália: O incrível poder mutante de Magneto confere-lhe controlo absoluto sobre todas as formas de magnetismo. Graças ao qual consegue manipular, a seu bel-prazer, qualquer metal, mesmo os virtualmente indestrutíveis. Como ficou, de resto, demonstrado quando o Mestre do Magnetismo extraiu o adamantium que revestia o esqueleto de Wolverine, quase matando o X-Man no processo.
Embora se desconheça a quantidade máxima de massa que Magneto consegue manipular de uma só vez, ele já ergueu sem esforço no ar submarinos nucleares de centenas de toneladas. Também já foi visto a usar os seus poderes para mover montanhas, desviar o curso de rios, desencadear terramotos e travar divisões blindadas de exércitos. O Mestre do Magnetismo está igualmente capacitado a manipular campos gravitacionais, o que lhe possibilita voar a distâncias e velocidades consideráveis.
O seu impressionante catálogo de habilidades inclui ainda a criação de poderosos campos de força magnéticos para sua proteção ou de terceiros; a projeção de rajadas elétricas e a geração de gigantescos pulsos eletromagnéticos suscetíveis de causarem devastação à escala planetária. Montar ou desmontar armas e maquinarias em questão de segundos é outra das suas especialidades.
Apesar da habilidade primária de Magneto radicar no seu controlo sobre o magnetismo, ele consegue igualmente manipular qualquer forma de energia do espectro eletromagnético. A saber: ondas de rádio, luz ultravioleta, raios gama, etc.

Magneto ripping the adamantium from Wolverine's bones
O adamantium no corpo de Wolverine
 tornou-o presa fácil para o Mestre do Magnetismo.
Mesmo para telepatas tão poderosos como o Professor X ou Emma Frost, a mente de Magneto é uma fortaleza semi-inexpugnável. Várias explicações para esta sua invulgar resistência a investidas psíquicas foram já aventadas. Sendo a mais plausível aquela que teoriza que isso se deverá a algum tipo de interferência causada na telepatia pelos seus poderes eletromagnéticos. Muito mais do que um simples adereço, o seu capacete especial confere-lhe proteção eficaz contra ataques e sondagens mentais. Há quem, por outro lado, especule que Magneto possa possuir habilidades telepáticas latentes.
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Magneto resiste a uma potente investida telepática do Professor X.
Com reconhecidas competências em áreas tão diversificadas como a Robótica, a Física de Partículas ou a Bioengenharia, Magneto é senhor de um dos maiores intelectos da Terra. No seu currículo tem a construção de estações orbitais, a criação de formas de vida inteligentes e o desenvolvimento de sofisticados aparatos para efeitos diversos. Uma das suas mais brilhantes invenções nesse campo permitia-lhe anular os poderes de qualquer mutante - exceto, obviamente, os seus.
Poliglota, Magneto é fluente em alemão, hebraico, polaco e em vários outros idiomas. Certa vez, logrou mesmo decifrar a língua de uma antiga civilização há muito extinta.
À sua vasta experiência em combate, Magneto alia a sua mestria estratégica. A combinação dessas duas valências já lhe permitiu sair vitorioso de combates travados com os X-Men e os Vingadores.
Apesar de ser um adolescente durante o Holocausto, Magneto conserva a aparência de um homem de meia-idade no auge da forma física. Cortesia do processo de rejuvenescimento que em tempos lhe foi aplicado pelo Alto Evolucionário.
Devido ao seu treino militar, o Mestre do Magnetismo possui medianas aptidões no combate corpo a corpo. Quando em presença de um adversário mais forte, recorre aos seus poderes mutantes para incrementar as suas capacidades físicas.
O traje envergado por Magneto é na verdade uma espécie de armadura confecionada a partir de uma amálgama de ligas metálicas ultraleves e ultrarresistentes. Serve para protegê-lo, por exemplo, das balas de borracha que os seus campos de força magnéticos são incapazes de suster.
Por tudo o acima descrito, Magneto concorre a vários superlativos, designadamente o de mutante mais poderoso do mundo e inimigo nº1 da Humanidade.

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Nem o poder combinado dos X-Men intimida o Mestre do Magnetismo.
Fraquezas: A extensão e eficácia dos poderes de Magneto dependem diretamente da sua condição física. Quando ferido ou debilitado, o corpo do vilão é incapaz de resistir ao enorme esforço requerido pela manipulação da energia magnética.
Outro constrangimento ao potencial do Mestre do Magnetismo sobrevém da sua propensão para a depressão e outras patologias do foro psíquico, especificamente bipolaridade. Dada a prevalência destas condições no seu historial clínico, presume-se que serão efeitos colaterais de uma utilização desregrada das suas habilidades mutantes.
Magneto kneels before Cyclops on Utopia
Por vezes Magneto cede ao peso dos seus ideais.

Messias mutante

Magneto, o mais icónico dos supervilões mutantes, foi criado por Stan Lee e Jack Kirby para apadrinhar o batismo de fogo dos pupilos do Professor X, em X-Men nº1 (setembro de 1963). No entanto, Stan Lee nunca considerou o Mestre do Magnetismo um genuíno expoente de malignidade.
Para o saudoso arquiteto da Casa das Ideias, Magneto, vítima de preconceito e violência desde tenra idade, tornara-se ele próprio preconceituoso e violento. Com a diferença de não ser indefeso, uma vez que possui o poder para revidar contra os seus algozes.
«Eu nunca vi Magneto como um vilão», explicava Lee quando questionado sobre a moralidade da sua criação, acrescentando: «Ele limitava-se a retribuir a intolerância e o ódio dos humanos normais em relação aos mutantes. Ele tentava proteger os seus semelhantes e, como a sociedade não os respeitava, Magneto decidiu dar uma lição à sociedade. Claro que ele era uma ameaça, mas havia alguma nobreza na sua causa.»

Magneto apresentou-se ao mundo em X-Men nº1 (1963).
Com a luta pelos direitos cívicos dos negros como pano de fundo, as histórias dos X-Men pretendiam ser alegorias para as tensões raciais que, à época, fraturavam a sociedade americana. Nesse sentido, Martin Luther King Jr. e Malcom X serviram, respetivamente, de modelos à caracterização de Charles Xavier e Magneto.
Enquanto o primeiro - replicando a doutrina inclusiva de Luther King - acalentava o ideal de uma coexistência harmoniosa entre humanos e mutantes, o segundo - alinhado com as políticas separatistas de Malcom X - pugnava pela plena emancipação da sua raça. No fundo, malgrado as suas visões antagónicas de uma causa comum, os dois homens - na ficção como no mundo real - representavam as duas faces da mesma moeda.
Com efeito, a turbulenta amizade entre Charles Xavier e Magneto é uma pedra angular na vida dos dois homens. Sabe-se, no entanto, que Stan Lee ponderou inicialmente apresentá-los como irmãos, de molde a conferir maior dramatismo à relação entre ambos.

As filosofias opostas de Martin Luther King e Malcom X
 inspiraram Stan Lee a criar o Professor X e Magneto.
Nas suas aparições iniciais Magneto era retratado como um aspirante a tiranete, impelido pelo seu desejo de punir a Humanidade pelas suas atrocidades. Com o tempo, porém, ser-lhe-ia aplicado o mesmo processo de humanização de que foram alvo tantos outros vilões do Universo Marvel. No âmbito desse protocolo modificativo, foi-lhe atribuído o estatuto de sobrevivente do Holocausto empenhado em garantir que os mutantes, apenas por terem nascido diferentes, não sofreriam as mesmas sevícias que os judeus e outras minorias.
A face mais radical da revolução mutante, Magneto acredita que o Homo superior está predestinado a herdar o planeta, percecionando dessa forma o Homo sapiens como um estorvo nocivo à evolução da espécie humana.
Como qualquer messias, Magneto dispõe de apóstolos e julga-se investido de uma missão sagrada. No caso, a de assegurar, por todos os meios necessários, a sobrevivência e supremacia da sua raça num mundo que lhe é hostil.
Por cada mutante - amigo ou inimigo - morto às mãos de humanos, crescem a culpa e a raiva do Mestre do Magnetismo. A mesma raiva que reserva para os mutantes colaboracionistas e para todo e qualquer inimigo da sua causa. Como qualquer fanático que se preze, Magneto rege-se pelo velho mantra "Quem não está comigo, está contra mim." E tem sido assim, sem concessões nem misericórdia, que tem liderado os seus seguidores rumo ao alvorecer de uma nova era.

Complexo de messias.

Sobrevivente do Holocausto

Max Eisenhardt, o homem que o mundo aprenderia a temer como Magneto, nasceu nos anos terminais da década de 1920, no seio de uma família de judeus alemães de classe média. O seu pai, Jakob Eisenhardt, era um veterano condecorado da I Guerra Mundial e um orgulhoso patriota.
Após a ascensão de Hitler ao poder, o clã Eisenhardt sobreviveu às políticas discriminatórias emanadas das Leis de Nuremberga, bem como à fatídica Noite de Cristal. Quando o ar na Alemanha se tornou irrespirável para os judeus e outras minorias, Jakob fugiu com a família para a Polónia. Acabariam no entanto capturados pelas tropas germânicas durante a invasão e subsequente ocupação do país.
Enviada para o gueto de Varsóvia, a família Eisenhardt lograria escapar pouco tempo depois. Apenas para voltar a ser capturada pelas forças nazis, que resolveram fazer dela um exemplo para os restantes judeus. Os pais e a irmã de Max foram sumariamente executados e enterrados numa vala comum. A provável manifestação precoce dos seus dons mutantes salvou o rapaz de idêntico destino.
Sozinho no mundo, Max foi transferido para o campo de concentração de Auschwitz, onde foi nomeado Sonderkommando. Entre outras funções, competia-lhe a macabra tarefa de sepultar as vítimas das câmaras de gás. Essas sinistras memórias definiriam para sempre o seu caráter.
Foi também durante a sua passagem por Auschwitz que Max reencontrou Magda, a rapariga cigana por quem se enamorara na infância. Tal como os demais sobreviventes do campo, o casal seria libertado pelo Exército Vermelho, nos primeiros meses de 1945.

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Os poderes de Max Eisenhardt garantiram-lhe
 a sobrevivência num campo da morte nazi.
Finda a II Guerra Mundial, Max e Magda instalaram-se na cidade ucraniana de Vinnytsia. Max adotou o nome Magnus e Magda deu à luz a filha de ambos, Anya. ´
Para garantir o sustento da família, Magnus trabalhava como carpinteiro e, apesar da vida humilde que levavam, todos eram felizes. Tudo mudaria na noite em que Magnus, ao regressar da cidade, foi atacado por desconhecidos. Numa reação instintiva de autopreservação, os seus latentes poderes magnéticos liquidaram os agressores.
Mais tarde nessa noite, a casa de Magnus foi incendiada por uma turba enfurecida e a pequena Anya pereceu no incêndio. Tomado pela raiva e pela dor, Magnus usou os seus recém-descobertos poderes para chacinar os atacantes perante a sua horrorizada cara-metade.  Em pânico, Magda fugiu para a floresta para nunca mais ser vista.

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Memórias agridoces do Mestre do Magnetismo:
em cima, momentos felizes em família;
em baixo, Magnus chora a morte da filha.
Novamente sozinho no mundo e de coração entrevado, Magnus - agora respondendo pelo nome Erik Lehnsherr - viveu os anos seguintes incógnito entre a comunidade cigana local. Foi também sob essa identidade que viajou até Israel, onde trabalhou como voluntário num hospital psiquiátrico em Haifa.
Num obséquio do destino, foi lá que travou amizade com Charles Xavier, um jovem e idealista académico nascido em terras do Tio Sam. Noite após noite, os dois jogavam xadrez e debatiam o impacto das mutações genéticas no futuro da Humanidade. Apesar dessa afinidade, ambos guardavam sigilo da sua condição de mutantes.
Quando um comando da HIDRA tomou de assalto o hospital para raptar uma paciente, Erik e Charles viram-se forçados a fazer uso das suas habilidades magnéticas e telepáticas para repelirem o ataque. No rescaldo da batalha, com os seus segredos expostos, os dois amigos perceberam que defendiam pontos de vista inconciliáveis no que ao papel dos mutantes na sociedade dizia respeito, seguindo a partir desse momento caminhos separados.
Ironicamente, as mesmas ideias que os apartaram, voltariam a reuni-los anos mais tarde, ainda que em lados opostos da barricada.
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Charles Xavier e Magneto partilham a paixão pelo xadrez.
Mas apenas um deles quer fazer xeque-mate à Humanidade.
Durante esse ínterim, Erik, ao serviço da Mossad, caçou criminosos de guerra nazis. Colaboração que seria interrompida quando os serviços secretos israelitas assassinaram uma jovem por quem Erik se afeiçoara.
As traumáticas experiências vivenciadas por Erik durante o Holocausto moldaram a sua perceção da vulnerabilidade da comunidade mutante inserida em sociedades intolerantes e preconceituosas. Determinado em proteger os seus semelhantes do mesmo tipo de atrocidades que haviam sido impostas aos judeus, Erik abraçou métodos radicais e violentos.
Por acreditar que o Homo superior se tornaria, a breve trecho, a espécie dominante no planeta, Erik lutava pela criação de um etno-Estado onde todos os mutantes pudessem viver em paz e segurança. Consistindo a alternativa em conquistar o mundo e escravizar a Humanidade.
Na sua primeira aparição como Magneto, Erik atacou Cape Citadel, uma base militar instalada na Florida. Apesar de ter sido detido pelos X-Men (pupilos do seu velho amigo Charles Xavier), o Mestre do Magnetismo não mais concederia tréguas na sua guerra contra a Humanidade.
Terrorista racial aos olhos de uns, messias aos olhos de outros, depressa ganhou a reputação de homem mais perigoso à face da Terra, passando a planear as suas ações subversivas a partir do Asteroide M, uma sofisticada estação orbital que ele próprio construiu.
À criação dos X-Men e ao ideal de coexistência pacífica acalentado por Xavier, respondeu Magneto com a formação da Irmandade de Mutantes ao serviço da sua campanha supremacista. Sempre que a própria sobrevivência do Homo superior era posta em causa, as duas fações punham de lado as suas diferenças e uniam forças para enfrentarem a ameaça comum.
Magneto concretizou brevemente o seu sonho de liderar um etno-Estado quando, no início deste século, a ONU o reconheceu como soberano de Genosha. Para essa nação insular na costa oriental africana convergiram mutantes de todo mundo em busca de um lar. Apesar de hoje  restarem apenas escombros fumegantes dessa utopia que fez florescer as esperanças de toda uma raça, o Mestre do Magnetismo não chora o seu fim, orgulhando-se antes por ela existido.

The Mutant Brotherhood
Magneto e a sua Irmandade de Mutantes.

Miscelânea

*Rei Cinzento, Peregrino Branco, Erik, o Vermelho e Líder são outros dos cognomes tradicionalmente associados a Magneto;
*Homo superior foi o termo cunhado por Magneto para designar cientificamente os mutantes, a subespécie com poderes inatos que ele perceciona como o próximo estágio evolutivo da Humanidade;
*A cor encarnada dos paramentos do Mestre do Magnetismo pretende simbolizar o sangue derramado pelos mutantes às mãos daqueles que os temem e odeiam. Magneto faz-se habitualmente acompanhar de um arquivo holográfico contendo os nomes de numerosos representantes da sua espécie vítimas de mortes violentas e crimes de ódio;

O traje de Magneto invoca o de antigo um rei guerreiro
disposto a morrer pelo seu povo.
*Eisenhardt significa "coração de aço" em Alemão, apelido deveras apropriado para uma personagem com as idiossincrasias de Magneto;
*Conforme mostrado em X-Men nº161 (setembro de 1982), o número de identificação originalmente tatuado no antebraço de Magneto era 214782. Tratou-se, no entanto, de um erro por parte do artista da história que, ignorando o funcionamento do sistema de numeração implementado em Auschwitz, lhe atribuiu um número demasiado elevado, levando em conta que o clã Eisenhardt integrou a primeira leva de prisioneiros a serem admitidos no infame campo de extermínio Nazi. Em agosto de 2004, um retcon apresentado em Excalibur Vol.3 nº2 atribuiu a Max Eisenhardt o número 24005;
*Aquando da formação da Irmandade de Mutantes, Magneto fez notar aos seus apaniguados que os seus sentimentos pessoais eram insignificantes por comparação com a grandeza da causa por que se batiam. Apesar da sua retórica, era frequente o Mestre do Magnetismo deixar-se dominar pela raiva em relação aos algozes do seu povo;
*Num dos primeiros embates entre as duas fações rivais, a Irmandade de Mutantes capturou o Anjo e os X-Men fizeram o Sapo prisioneiro. Perante o dilema apresentado, Magneto mostrou-se prontamente disposto a sacrificar o seu subordinado porquanto considerava o seu refém mais valioso do que o "tolo saltitante" que o bajulava. Certa vez, o Mestre do Magnetismo ponderou também enviar Mercúrio num ataque suicida à Mansão X. Numa outra ocasião ainda, ameaçou matar a Feiticeira Escarlate se esta lhe desobedecesse. Demonstrações de insensibilidade e fanatismo que levaram o Mestre Mental a afirmar que Magneto é totalmente desprovido de emoções;
*Durante muito tempo, a paternidade dos gémeos Pietro e Wanda Maximoff (Mercúrio e Feiticeira Escarlate) foi atribuída a Magneto. Eventos recentes desmentiram, porém, essa relação familiar. Lorna Dane (a heroína mutante Polaris) é agora a única filha reconhecida do Mestre do Magnetismo, cujas habilidades herdou parcialmente;

Polaris, a herdeira de Magneto.
*Com o intuito de prevenir acusações de antissemitismo, a Marvel ponderou alterar a etnia de Magneto antes de voltar a apresentá-lo como um vilão sanguinário. A ideia do Mestre do Magnetismo ser cigano não colheu juntos do público e a sua origem clássica, embora retocada, acabaria por prevalecer;
*Doutor Polaris e Doutor Diabólico (Doctor Diehard, no original) são os dois supervilões da DC aos quais Magneto serviu de inspiração;

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Um dos pastiches de Magneto criados pela Distinta Concorrente.
*Desde 2011 que Magneto encabeça a lista dos cem melhores vilões da banda desenhada organizada pelo site IGN. Igualmente honroso é o nono lugar que ocupa no ranking das 200 melhores personagens de todos os tempos elaborado pela revista Wizard.
*Foi num episódio de Fantastic Four, série animada de 1978, que Magneto fez a sua transição para o segmento audiovisual. Apesar de possuir poderes idênticos aos da sua versão canónica, o vilão não era um mutante. No cinema, a estreia do Mestre do Magnetismo remonta a 2000, ano de lançamento da primeira longa-metragem dos X-Men (já aqui revisitada). Originalmente interpretado por Ian McKellen, o papel foi herdado por Michael Fassbender, em 2014. Personagem charneira na franquia dos Filhos do Átomo, o futuro de Magneto, bem como o dos próprios X-Men, permanece incerto no Universo Cinematográfico Marvel após a aquisição da Fox pela Disney.
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A primeira aparição de Magneto fora da banda desenhada.

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No cinema, o  britânico Ian McKellen e o germânico Michael Fassbender
 vêm-se revezando no papel de Magneto.

Nota: Este blogue tem como Guia de Estilo o Acordo Ortográfico de 1990 aplicado à norma europeia da Língua Portuguesa.

4 comentários:

  1. Eu sempre gostei muito desse personagem, a quem nunca considerei realmente um vilão, nem mesmo quando toma certas atitudes condenáveis: é alguém que acredita ser correto o que faz, e isso é verdadeiramente admirável! Agora, com mais informações sobre ele, graças ao Garimpeiro do Conhecimento 'DUNAMIS', aumenta a admiração.

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    1. Também sempre encarei Magneto como um radical bem-intencionado, pese embora o Inferno esteja cheio de boas intenções. No mundo atual fazem falta líderes determinados como ele, colocando os interesses do seu povo acima de todos os outros. Agradeço-te as palavras elogiosas. Abraço deste teu irmão lusófono.

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  2. Fico admirado com a profundidade do teu conhecimento. Pra mim, o Magneto era apenas um mutante bipolar de ascendência judaica. Tu deverias ser roteirista da Marvel ou organizar um arquivo acerca dos personagens super-heroicos. Parabéns mais uma vez!

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    1. Muito ainda ficou por dizer acerca do Mestre do Magnetismo. Ou não se tratasse de uma das mais moralmente complexas personagens do Universo Marvel. Quanto à tua sugestão, corresponde, grosso modo, ao desiderato deste meu projeto: criar um arquivo digital em língua portuguesa, e o mais detalhado possível, das principais referências do género super-heroico. Sou deveras grato pelas tuas palavras de incentivo e pela atenção dispensada aos meus modestos escritos. Abraço deste teu irmão lusófono.

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