23 maio 2018

HEROÍNAS EM AÇÃO: VIÚVA NEGRA


  Outrora uma espia soviética com licença para seduzir, levou paixões ao rubro na mais fria das guerras. Nos Vingadores, lutou ao lado de velhos inimigos e tomou o gosto pelo heroísmo. Redimir-se dos seus pecados é a sua nova e solitária missão. 

Denominação original: Black Widow 
Licenciadora: Marvel Comics 
Criadores: Stan Lee (editor), Don Rico (história) e Don Heck (arte conceitual)
Estreia: Tales of Suspense nº52 (abril de 1964)
Identidade civil: Natalia Alianovna Romanova (vulgo Natasha Romanoff)
Espécie: Humana
Local de nascimento: Estalinegrado, URSS (atual Volvogrado, na Rússia)
Parentes conhecidos: Mãe anónima, Ivan Petrovitch Bezukhov (pai adotivo), Vindiktor (presumível irmão, falecido)  Alexei Shostakov/Guardião Vermelho (ex-marido)
Ocupação: Aventureira, mercenária e assassina profissional. Abraçou em tempos uma efémera carreira como estilista e foi professora sob disfarce.
Base operacional: De bússola irrequieta, Natasha Romanoff é uma verdadeira cidadã do mundo. Moscovo, Nova Iorque e Los Angeles foram algumas das metrópoles onde, a solo ou integrada em coletivos, a Viúva Negra esteve hospedada. 
Afiliações: Ex-agente da KGB; ex-operacional e diretora interina da SHIELD; ex-líder dos Campeões; ex-membro dos Vingadores e dos Vingadores Secretos (adstritos à SHIELD). Presentemente, prefere operar por conta própria ou em ocasionais parcerias com o Soldado Invernal.
Armas, poderes e habilidades: Atleta de nível olímpico. Mestre de artes marciais. Perita em disfarce. Atiradora exímia. Treinada desde o início da puberdade para ser uma espia de classe mundial e uma assassina implacável, a Viúva Negra possui uma vasta gama de recursos e talentos que fazem dela uma das mulheres mais letais do planeta.
Durante a sua passagem pela Sala Vermelha, o programa ultrassecreto da KGB (ver Origem e Evolução), Natasha recebeu uma variação do Soro do Super-Soldado, a fórmula que transformara Steve Rogers no Capitão América. Em virtude disso, ela teve as suas capacidades físicas e cognitivas quimicamente aprimoradas.
A fisiologia artificialmente incrementada da Viúva Negra torna-a capaz de executar proezas sobre-humanas, uma vez que possui força, agilidade e reflexos acima da média. No entanto, o efeito mais extraordinário dessa biotecnologia consiste no retardamento do envelhecimento (apesar da sua aparência jovial, Natasha é na verdade uma nonagenária) e consequente aumento da longevidade. Graças às suas propriedades regenerativas, Natasha consegue cicatrizar cinco vezes mais depressa do que um humano normal, sendo também menos suscetível a doenças e infeções.
Conjugando a sua exuberante sensualidade com apuradas técnicas de sedução, a Viúva Negra é irresistível para o sexo oposto, sendo uma hábil manipuladora de vontades masculinas.
Extremamente eficiente na recolha e processamento de informações, a Viúva Negra é também uma excelente estratega com comprovada capacidade de liderança mesmo nas situações mais adversas.
Ferramenta imprescindível para as suas missões de infiltração em território estrangeiro, o multilinguismo é outra das habilidades da Viúva Negra - fluente em russo, inglês, francês, mandarim e vários outros idiomas. É ainda uma talentosa hacker e programadora, o que lhe permite piratear facilmente qualquer computador ou sistema informático.

Durante vários anos, Natasha Romanoff foi submetida
 a um rigoroso programa de treino na Sala Vermelha.
Produzido a partir de um tecido especial desenvolvido por cientistas soviéticos, o uniforme da Viúva Negra foi concebido para resistir a altas temperaturas e até a projéteis de pequeno calibre. As ventosas que apetrecham a indumentária permitem-lhe, à imagem da aranha que lhe dá nome, escalar paredes e aderir a uma grande variedade de superfícies.
Sempre que a missão o justifica, a Viúva Negra utiliza armas de fogo, facas balísticas e/ou explosivos plásticos em complemento ao pequeno arsenal embutido no seu traje. Entre este destacam-se as suas braceletes que, além de um fino cabo de aço, lhe permitem também disparar uma potente rajada elétrica equivalente a 30 mil volts. A curta distância, a chamada Picada da Viúva é suficiente para atordoar um meta-humano superpoderoso.
Percecionada muitas vezes como o elo mais fraco dos Vingadores, a Viúva Negra tira partido desse menosprezo para surpreender os seus oponentes.

Até um meta-humano pode ser desestabilizado pela Picada da Viúva,
a mais icónica das armas do arsenal da ex-agente do KGB.
Fraquezas: Além de todas as limitações e vulnerabilidades inerentes à sua condição de simples humana, a variante do Soro do Super-soldado responsável pelo aprimoramento físico e pelo incremento da longevidade da Viúva Negra teve como efeito colateral a infertilidade. Razão pela qual  Natasha está impossibilitada de gerar descendência biológica.

Histórico de publicação

Inicialmente uma espia soviética enviada sob disfarce para os EUA com a missão de se infiltrar nas Indústrias Stark, a Viúva Negra fez a sua primeira aparição em Tales of Suspense nº52, edição datada de abril de 1964 e que marcou o seu primeiro confronto com o Homem de Ferro, de quem a vilã idealizada por Stan Lee, Don Rico e Don Heck se tornaria adversária recorrente.
Cinco meses mais tarde, em Tales of Suspense nº59, a Viúva Negra voltaria a enfrentar o Vingador Dourado depois de ter seduzido e  recrutado o Gavião Arqueiro para a sua causa.
Apesar deste passado criminoso, o casal acabaria por reforçar as fileiras dos Vingadores. No caso da Viúva Negra, isso aconteceu em Avengers nº29 (julho de 1966).
Em 1970, a Viúva Negra obteve aquele que se tornaria o seu visual mais icónico. Numa história publicada em julho desse ano em The Amazing Spider-Man nº86, a ex-agente do KGB surgiu com cabelo ruivo e ostentando um elegante uniforme negro apetrechado com braceletes multifunções.

Ainda à paisana, a Viúva Negra fez a sua primeira aparição
 em Tales of Suspense nº52 (abril de 1964) como antagonista do Homem de Ferro.
Ainda em 1970, a Viúva Negra teve as suas primeiras aventuras a solo publicadas em Amazing Adventures, título que dividiu com os Inumanos até ao cancelamento precoce da série.
Entre novembro de 1971 e agosto de 1975, a Viúva Negra coadjuvou o Demolidor em Daredevil, o que motivou a renomeação temporária da série que, durante alguns números, se designou Daredevil and the Black Widow. Ideia que partiu de Gerry Conway*, admirador confesso das façanhas de Natasha Romanoff e que considerava existir uma química especial entre ela e o Homem Sem Medo.
Os escritores que lhe sucederam tiveram, contudo, entendimento diferente e, a partir de setembro de 1975, a Viúva Negra transitou de Daredevil para The Champions, título que acomodava as aventuras dos recém-formados Campeões.

A partir do nº81, a série do Demolidor
 foi renomeada de Daredevil and the Black Widow.
Nos anos 80 e 90 do último século, na sua dupla qualidade de Vingadora e agente freelance da SHIELD, a Viúva Negra teve breves passagens por Marvel Fanfare, Journey into Mystery e outros títulos emblemáticos da Casa das Ideias. Protagonizou também quatro minisséries e outras tantas graphic novels, a mais ovacionada das quais foi Black Widow: The Coldest War, lançada originalmente em abril de 1990, nas vésperas do colapso da União Soviética.
Em 2010, à boleia da sua introdução no Universo Cinemático da Marvel - ocorrida em Homem de Ferro 2 (ver Noutros media) -, a Viúva Negra ganhou nova série em nome próprio, participando paralelamente em Secret Avengers.
Mais recentemente, entre maio de 2016 e maio de 2017 - e já depois de ter sido cabeça de cartaz de várias minisséries e volumes especiais- , a heroína russa teve direito a nova série epónima, na esteira dos eventos narrados em Secret Wars.

O número final da mais recente série da Viúva Negra
 chegou às bancas americanas em maio de 2017.

Origem e evolução

Adensando ainda mais a aura de mistério ao redor do seu passado, existem relatos díspares acerca da origem da Viúva Negra.
De acordo com um deles, Natasha Romanoff e a mãe estariam encurraladas num prédio em chamas quando foram encontradas por Ivan Petrovitch, um soldado soviético que procurava sobreviventes no rescaldo da Batalha de Estalinegrado.
Num ato desesperado para salvar a vida da filha, antes de ser tragada pelas chamas a mãe de Natasha tê-la-á atirado pela janela diretamente para os braços de Ivan Petrovitch. Que, sentindo-se responsável pela pequena órfã, a perfilhou e acompanhou o resto da vida, tornando-se seu motorista na idade adulta.
Ansiosa por servir o seu país, ainda adolescente Natasha terá sido recrutada pela KGB, da qual viria a ser uma das suas operativas de topo.

Na escola de espiões da KGB, Natasha foi uma aluna exemplar.
Num outro relato introduzido retroativamente, após um périplo pela Europa devastada do pós-guerra na companhia de Ivan Petrovitch, Natasha terá sido recrutada para a Sala Vermelha. Nesse programa ultrassecreto da KGB, a jovem terá sido treinada para ser uma espia-mor e psicologicamente condicionada com recurso a sofisticadas técnicas de lavagem cerebral - que incluíam a implantação de falsas memórias.
Durante o seu estágio na Sala Vermelha. Natasha terá tido como instrutor o Soldado Invernal. Foi também inoculada com uma fórmula genérica do Soro do Super-Soldado que lhe incrementou a fisiologia.
Antes de ser enviada para os EUA com a missão de se infiltrar nas Indústrias Stark, Natasha foi forçada a casar-se com Alexei Shostakov, herói de guerra que, como Guardião Vermelho, seria a resposta da União Soviética ao Capitão América.
Pouco tempo depois, Natasha foi no entanto levada a acreditar que o marido havia morrido num acidente envolvendo o protótipo de um foguete espacial.
Na sua primeira incursão em território norte-americano, a Viúva Negra assistiu Boris Turgenov (o infame Dínamo Escarlate) na sua missão de assassinar o Professor Anton Venko. Dissidente soviético e cientista brilhante, Venko estava ao serviço das Indústrias Stark, colocando o casal de espiões em rota de colisão com o Homem de Ferro.

Natalia Romanova (Earth-616) from Tales of Suspense Vol 1 52 001
Nas suas primeiras aparições, a Viúva Negra agia à paisana.
Depois de ter seduzido o Gavião Arqueiro, a Viúva Negra instigou-o a enfrentar o Vingador Dourado. Durante o confronto de ambos, Natasha foi gravemente ferida, vicissitude que levou o Gavião Arqueiro a bater em retirada para garantir a sobrevivência da amante.
Natasha vinha, contudo, planeando em segredo a sua deserção para os EUA, e os sentimentos que acalentava pelo Gavião Arqueiro fizeram-na questionar ainda mais a sua lealdade à Mãe Rússia.
Antes que se propiciasse a sua deserção, a Viúva Negra foi raptada pela KGB e levada de volta à União Soviética, onde foi objeto de nova lavagem cerebral. Findo o processo de reeducação, foi prontamente recambiada para terras do Tio Sam usando pela primeira vez um uniforme que lhe permitiria bater-se em paridade de armas com os heróis fantasiados que por lá proliferavam.

O primeiro uniforme da Viúva Negra foi um presente da KGB.
Aliada ao Espadachim e ao Poderoso, a Viúva Negra participou numa ofensiva falhada contra os Vingadores, aos quais se uniria uma vez consumada a sua deserção para os EUA. Ela e o Gavião Arqueiro engrossariam, aliás, o contingente de criminosos regenerados admitidos ao longo dos anos nas fileiras dos Heróis Mais Poderoso da Terra.
Nem sempre a Víuva Negra conseguiu, porém, observar o código de conduta dos Vingadores, que proibia expressamente o emprego de força letal. Agastada com essas restrições à sua liberdade de ação, Natasha  abandonaria o grupo.
Durante a fase em que atuou a solo, a Viúva Negra foi agente freelance da SHIELD ao mesmo tempo que combatia o crime nas ruas de Nova Iorque. Na Grande Maçã envolveu-se romanticamente com o Demolidor, de quem se tornaria parceira e amante. Os dois seriam, aliás, o primeiro casal da banda desenhada a ter uma vida em comum sem estarem unidos pelos laços do matrimónio.
Nesse período marcante da sua vida, Natasha empreendeu também uma efémera carreira como estilista.
Sentindo que o Demolidor não a tratava como igual no campo de batalha, a Viúva Negra pôs um ponto final no romance e rumou a Los Angeles. Lá, seria convidada a liderar os Campeões, um heterodoxo coletivo reunido pelos antigos X-Men Anjo e Homem de Gelo, e que contava ainda com o Motoqueiro Fantasma e Hércules.
Quando, por motivo de insolvência, os Campeões foram dissolvidos, a Viúva Negra enveredou por nova carreira a solo. Para assinalar esse virar de página na sua vida, adotou também um novo visual.

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A Viúva Negra ao lado dos Campeões (cima)
 e o novo seu visual a solo.

Anos mais tarde, a Viúva Negra voltaria, porém, a juntar-se aos Vingadores. Chegando inclusivamente a comandar o que restou da equipa quando vários dos seus membros foram dados como mortos às mãos do Devastador (Massacre, no Brasil; Onslaught, no original).
Desde o início do presente o século,  a Viúva Negra vem participando em algumas das sagas mais impactantes da Marvel. Em Guerra Civil**, por exemplo, fez parte da fação pró-registo obrigatório de superseres.
A Viúva Negra tem, no entanto, preferido trilhar o seu próprio caminho, numa jornada de redenção para os seus muitos pecados passados. Para aliviar a consciência pesada, doa parte substancial dos seus honorários de mercenária a orfanatos e outras instituições de caridade.

Uma mercenária em busca de redenção.

Uma femme fatale da Idade do Ouro

Dando de barato que esta informação constituirá uma novidade para alguns dos que me leem, importa esclarecer que o nome de código Viúva Negra nem sempre pertenceu a Natasha Romanoff. Em boa verdade, ela herdou-o de uma anti-heroína da Idade do Ouro há muito relegada para a obscuridade, apesar de algumas tentativas recentes de a resgatar de lá.
A despeito desse legado nominal, não existe contudo qualquer relação entre as duas personagens. À parte a beleza superlativa que as caracteriza, quase nada têm de facto em comum. Nacionalidades diferentes, talentos diferentes, motivações diferentes.
Mas quem era, afinal, a primeira Viúva Negra?
Claire Voyant era uma médium norte-americana que se servia dos seus poderes psíquicos para comunicar com os defuntos. Depois de ter sido possessa pelo próprio Satanás quando tentava ajudar uma família que havia contratados os seus serviços, Claire foi assassinada a sangue-frio por um dos elementos do clã, que a culpava pela desgraça que sobre ele se abatera.
Enviada para o Inferno, Claire concordou em servir o Príncipe das Trevas a troco da oportunidade de vingar a sua morte. Desígnio em que seria bem-sucedida graças ao toque mortal com que foi agraciada pelo seu tenebroso mestre.
Com efeito, uma vez restituída ao mundo dos vivos, Claire descobriu que um simples toque dos seus dedos na fronte de outra pessoas bastaria para causar-lhe morte instantânea. Esse tétrico poder ficaria conhecido como "a marca da Viúva Negra".

Claire Voyant, a primeira Viúva Negra.
A missão terrena da Viúva Negra seria, no entanto, prolongada por Satanás. Que, cansado de esperar pela morte natural dos facínoras cujas almas reclamaria, a incumbiu de acelerar o processo.
Sem o mais leve vestígio de hesitação ou remorso, a Viúva Negra passou então a matar toda a sorte de malfeitores. De mafiosos a traficantes de armas, passando por políticos corruptos todos sucumbiram aos seus encantos, e todos foram por ela condenados à danação eterna.
Se este seu traço de caráter era inato ou consequência da nefasta influência do Príncipe das Trevas, não é claro. Certo é que a crueldade com que a Viúva Negra tratava os criminosos contrastava com a compaixão que demonstrava em relação às vítimas inocentes. As quais, não raro, protegia ou até curava com recurso aos seus poderes místicos, que não se esgotavam na já mencionada "marca da Viúva Negra".
Numa época em que a femme fatale era um ícone da literatura policial e do cinema noir, também nos quadradinhos não tardou a despontar um robusto contingente dessas mulheres com tanto de belas como de perigosas. Distinguindo-se a Viúva Negra das suas congéneres pelo facto de ter sido a primeira a dispor, simultaneamente, de um uniforme e de poderes sobrenaturais.
É, pois, nesses aspetos inovadores que reside o valor histórico da personagem criada por George Kapitan (trama) e Harry Sahle (desenhos), e que fez a sua estreia em agosto de 1940, nas páginas de Mystic Comics nº4. Um dos três títulos periódicos da Timely Comics (antecessora da Marvel) onde marcou discreta presença até finais de 1943. E digo "discreta" porque, durante esse ínterim, a Viúva Negra fez apenas cinco aparições em histórias que nunca excederam as oito páginas.
Após mais de meio século votada ao ostracismo, em 2007 a Viúva Negra seria revivida em The Twelve (Os Doze), iniciativa editorial da Casa das Ideias que reintroduziu na sua continuidade vários dos justiceiros mascarados originalmente detidos pela Timely.
Apesar da sua sensualidade e motivações se manterem intactas, nesta sua versão moderna Claire Voyant assumiu a persona de Viúva Negra em 1928 (coincidentemente, a data de nascimento de Natasha Romanoff) após o assassinato da sua irmã. Sedenta de vingança, Claire aceitou ser o instrumento de uma perversa entidade que, mesmo nunca explicitamente nomeada, tudo indica que seja, uma vez mais, o próprio Satanás.

Trivialidades

*Apesar de ser ruiva natural, nas suas primeiras missões de espionagem ao serviço da KGB, era frequente a Viúva Negra tingir o seu cabelo de preto;
*Cidade natal de Natasha Romanoff, Volvogrado serviu também de berço a Sergei Kravinoff, o vilão notabilizado como Kraven, o Caçador;
*Além de ter sido casada com Alexi Shostakov (o Guardião Vermelho), o extenso currículo amoroso da Viúva Negra inclui vários outros heróis fantasiados. A saber: Clint Barton (Gavião Arqueiro), Matt Murdock (Demolidor), James Barnes (Soldado Invernal) e Hércules, com quem Natasha manteve um fugaz romance durante a fase em que capitaneou os Campeões;

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Demolidor e Viúva Negra: muito mais do que parceiros no combate ao crime.
*Ao serviço da SHIELD, a Viúva Negra foi uma operacional de nível 10. Estatuto que lhe rendeu a liderança interina da organização quando Tony Stark e Maria Hill (respetivamente, diretor e diretora-adjunta) ficaram temporariamente incapacitados;
*A pedido de Nick Fury, Natasha assumiu a identidade de Yelena Belova ( sua antiga rival e a terceira Viúva Negra) para se infiltrar nos Thunderbolts, então às ordens do perverso Norman Osborn; 
*A Viúva Negra figura em 31º lugar na lista das cem maiores beldades da banda desenhada elaborada pelo Comics Buyer's Guide Já no Top 50 de Vingadores organizado pelo site IGN, a ex-agente da KGB surge na 42ª posição;
*Black Widow: Forever Red (2015) e Black Widow: Red Vengeance (2016) são os títulos das duas novelas - ainda inéditas em português - da autoria de Margaret Sthol e que têm a Viúva Negra como protagonista;
*Rumores nunca confirmados aventavam a possibilidade de, atendendo ao seu apelido, Natasha ser filha de Anastásia Romanova, a filha do Czar Nicolau II que muitos acreditam ter sobrevivido ao massacre da família real russa na sequência da Revolução Bolchevique.

Noutros media

Por via das suas numerosas participações em animações e videojogos baseados no Universo Marvel, era já apreciável o lastro mediático da Viúva Negra antes do seu advento ao grande ecrã, em Homem de Ferro 2.
Com efeito, a sua estreia no segmento audiovisual remonta a 1966, ano em que marcou presença no trecho dedicado ao Homem de Ferro em The Marvel Super Heroes, aquela que foi a primeira série animada produzida sob os auspícios da Casa das Ideias.
Habitué noutras produções do género, já este século a Viúva Negra tem estado em grande plano em Avengers Assemble (em exibição desde 2013). Ainda no campo da animação, em 2014 coprotagonizou com o Justiceiro Avengers Confidential: Black Widow & Punisher, película lançada diretamente em vídeo.

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Uma das muitas animações da Marvel
 em que a Viúva Negra participou.
No capítulo da ação real, a introdução da Viúva Negra no Universo Cinemático Marvel foi precedida por duas tentativas fracassadas de adaptá-la ao pequeno e ao grande ecrã. A primeira registou-se em 1975, quando a heroína russa e o Demolidor foram escolhidos para protagonizar uma série televisiva nunca produzida. Angie Bowie, ex-mulher do falecido David Bowie, teria encarnado Natasha Romanoff se o projeto tivesse chegado a bom porto.
Antes da Marvel chamar a si a produção dos próprios filmes, em 2004 a Lionsgate adquiriu os direitos de adaptação da Viúva Negra, com vista ao lançamento de uma longa-metragem da heroína. Projeto que nunca saiu da gaveta em consequência do fracasso comercial de películas como Mulher-Gato e Elektra. Fiascos que levaram os responsáveis da Lionsgate a ficarem descrentes na viabilidade de filmes protagonizados por super-heroínas.

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Angie Bowie como Natasha Romanoff
 na série nunca produzida do Demolidor e da Viúva Negra.
Desde 2010 que a Viúva Negra integra a franquia cinematográfica da Marvel, onde vem sendo competentemente interpretada por Scarlett Johansson. Após a sua estreia em Homem de Ferro 2, a atriz repetiu o papel em Os Vingadores (2012), Capitão América: O Soldado Invernal (2014), Os Vingadores: Era de Ultron (2015), Capitão América: Guerra Civil (2016) e Os Vingadores: Guerra Infinita (2018), Tendo já presença confirmada na respetiva sequência, com estreia marcada para o próximo ano.
Entretanto, Kevin Feige, Presidente Executivo dos Estúdios Marvel, já manifestou reiteradas vezes  o seu interesse na produção de um filme a solo da Viúva Negra. Até à data, o projeto continua no entanto em lume brando embora conste que poderá receber luz verde num futuro próximo.
Enquanto isso não acontece, resta aos fãs da heroína russa acompanharem as suas aventuras e desventuras ao lado dos Vingadores no próximo capítulo da saga Guerra Infinita.

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De 2010 a 2016: a evolução visual da Viúva Negra cinematográfica.


* http://bdmarveldc.blogspot.pt/2016/03/eternos-gerry-conway-1952.html
** http://bdmarveldc.blogspot.pt/2016/12/classicos-revisitados-guerra-civil.html



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