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03 fevereiro 2016

ETERNOS: DAN JURGENS (1959 - ... )



   Apadrinhado por um grande vulto da 9ª arte, entrou, ainda jovem, pela porta grande da indústria dos comics. Na DC encontrou uma segunda casa, retribuindo a hospitalidade com a conceção de algumas das mais emblemáticas sagas e personagens da companhia. Suspira, porém, até hoje por uma segunda oportunidade com um certo Escalador de Paredes.

Biografia e carreira: Casado e pai de duas filhas, Dan Jurgens nasceu há 56 anos na pequena cidade de Ortonville, no estado norte-americano do Minnesota. Isto é praticamente tudo o que se sabe acerca da sua vida familiar.
  Já o seu extenso e multifacetado percurso profissional é do domínio público e remonta a 1982. Então com apenas 23 anos - e depois de, no ano anterior, ter concluído os seus estudos no Minneapolis College of Art and Design - Dan foi o escolhido para ilustrar as estórias de Warlord (conceito desenvolvido por Mike Grell e publicado sob os auspícios da DC).
  Impressionado com o portefólio que um jovem e promissor desenhista lhe mostrara numa convenção dedicada à 9ª arte, foi o próprio Grell quem recomendou Dan aos seus editores da DC. Percebendo estarem em presença de um fora de série, eles nem pensaram duas vezes antes de contratá-lo.

Edição de Warlord que marcou a estreia profissional de Dan Jurgens em 1982.

   A Dan Jurgens foi assim dada oportunidade de colaborar de perto com diversos nomes sonantes dos quadradinhos. Jerry Conway e Roy Thomas foram dois deles. Escritores consagrados que, anos mais tarde, aquando da sua estreia como argumentista, lhe serviriam de referências.
   Um dos momentos capitais desta primeira passagem de Dan Jurgens pela DC ocorreu em 1985. Ano em que criou aquele que seria o primeiro herói de relevo no período pós-Crise e membro proeminente da renovada Liga da Justiça: o Gladiador Dourado (vide biografia ficcionada já publicada neste blogue).
   Prosseguindo a sua ascensão meteórica na Editora das Lendas, em 1987 Dan Jurgens foi escalado para assumir a arte de The Adventures of Superman Annual nº1. Começava, assim, a sua longa e umbilical ligação ao Homem de Aço. Personagem com a qual, dois anos mais tarde, passaria a trabalhar a tempo inteiro. E cuja "morte" ajudaria a orquestrar em 1992. Foi aliás da sua imaginação que saiu Apocalypse (Doomsday, no original), o hediondo verdugo do campeão de Metrópolis.
   The Death of Superman (saga já aqui esmiuçada) constituiu, de facto, a coroa de glória de Dan Jurgens, valendo-lhe inclusivamente o prémio para melhor arco de histórias atribuído pela National Cartoonist Society. Escusado será dizer que tamanho esplendor não passou despercebido à concorrência, que há muito cobiçava a coqueluche da eterna rival.

A morte do Super-Homem trouxe fama e glória a Dan Jurgens.

   Com efeito, ao fim de quase 15 anos de casamento com a DC, em 1996 Dan Jurgens resolveu trocá-la pela Marvel. Desenganem-se, porém, se pensam que se tratou de um affair inconsequente. Na verdade, essas segundas núpcias durariam sete anos, vividos em quase permanente lua de mel.
   Antes, porém, de assentar arraiais na Casa das Ideias, Dan Jurgens teve ainda tempo para vincar a sua impressão digital na memorabilia da DC, associando-se à produção de três sagas de referência: Armageddon 2001 (1991), Panic in the Sky (1993) e Zero Hour (1994). Reportório assinalável a que se somou ainda o lendário crossover Superman versus Aliens (publicado em 1995 numa iniciativa conjunta da DC e da Dark Horse Comics).

Dan Jurgens com dois dos heróis que mais estima.

   Na Marvel, começou por ser incumbido de lançar The Sensational Spider-Man, série mensal inicialmente projetada para acolher as aventuras e desventuras do novo Escalador de Paredes (Ben Reilly) saído da Saga do Clone. A despeito desse pressuposto, as coisas não correram sobre rodas. Com Dan Jurgens a exercer forte pressão no sentido de trazer de volta Peter Parker. E, invariavelmente, a esbarrar na intransigência de Bob Harras, o recém-nomeado Editor-chefe da Casa das Ideias. Braço de ferro que tinha, obviamente, vencedor anunciado.
  Harras deliberara que o regresso do Homem-Aranha original só aconteceria após o término de Onslaught (saga protagonizada pelos X-Men, traduzida como Devastação em Portugal e Massacre no Brasil). E nem ventos nem marés o fariam mudar de ideias.
  Vencido mas não convencido, Dan Jurgens bateu com a porta, em protesto com o que entendia serem desmandos editoriais. A propósito deste percalço na sua carreira, ele afirmaria anos mais tarde numa entrevista que gostaria muito de poder ter nova oportunidade para trabalhar com o Homem-Aranha. Admitindo que se sentia de certo modo defraudado por ter apenas podido fazê-lo com a versão genérica daquele que é um dos símbolos da Marvel.
   Apesar deste passo em falso, nos anos seguintes Dan Jurgens continuou a sua corrida de fundo pelo Universo Marvel. The Mighty Thor e Captain America foram os dois títulos em que intercalou o seu trabalho (escrevendo o primeiro e acumulando as funções de argumentista e desenhador no segundo).

A fase do Deus do Trovão escrita por Dan Jurgens.

   Fazendo ouvidos de mercador ao velho aforismo de que nunca devemos voltar aos sítios onde fomos felizes, no dealbar deste século Dan Jurgens regressou à DC. Um regresso em grande estilo e a tempo de se associar às comemorações do décimo aniversário da morte do Super-Homem. Narrada sob o ponto de vista de algumas das vítimas colaterais daquele fatídico dia, a minissérie Superman: Day of Doom (2003) mostrou um Dan Jurgens em grande forma.
  Em 2005, Dan Jurgens produziu You Can Draw Marvel Characters, guia ilustrado editado pela Dorling Kindersley Publishing que ensinava passo a passo a desenhar os mais ilustres inquilinos da Casa das Ideias. Obra que tem desde então servido de referência a muitos aspirantes a uma carreira ligada à 9ª arte.
  Quando, em 2011, a DC revitalizou a sua mitologia através de The New 52, Dan Jurgens teve participação importante em dois projetos. Depois de escrever as histórias da rediviva Liga da Justiça Internacional (agora capitaneada pelo Gladiador Dourado e destituída do seu tom humorístico de outrora), assumiu a arte de Green Arrow, a aclamada nova série mensal do Arqueiro Verde. Seguindo-se o inevitável regresso às páginas de Superman, por cujos enredos e ilustrações ficaria responsável por um largo período.
   Dado  o seu traquejo com sagas de grande envergadura, foi sem surpresa que, em 2014, Dan Jurgens foi um dos argumentistas escolhidos para The New 52: Futures End, prelúdio de novo ajustamento cronológico do Universo DC. E na esteira do qual ajudou também a lançar Aquaman & The Others, título mensal tendo o Soberano dos Sete Mares e um enigmático grupo de aliados chamados Os Outros como cabeças de cartaz.
  A conclusão de The New 52: Futures End e de Convergence (seu desdobramento) permitiu a Dan Jurgens abraçar novos projetos. Assim, no verão de 2015, os leitores norte-americanos foram presenteados com duas novas séries baseadas na mitologia do Homem-Morcego. São elas Batman Beyond e Bat-Mite, ambas escritas por Dan. Mais recentemente, em outubro passado, foi lançada a minissérie Superman: Lois & Clark através da qual Dan Jurgens retomou a sua ligação ao Homem de Aço.
  Independentemente do que o futuro lhe reserve, Dan Jurgens há muito inscreveu o seu nome nos anais da História da 9ªarte, sendo portanto um dos seus maiores expoentes da atualidade.

O mais recente projeto de Dan Jurgens ao serviço da DC.


Principais criações:

* Agent Liberty/Agente Liberdade (DC)
* Booster Gold/Gladiador Dourado (DC)
*Cyborg Superman/Supercyborg (DC)
*Doomsday/Apocalypse (DC)
*Monarch/Monarca (DC)
*Thor Girl (Marvel)
*Waverider/Tempus (DC)

Gladiador Dourado, uma das mais célebres criações de Dan Jurgens para a DC.




Bibliografia de referência: 

*Armageddon 2001 (DC, 1991);
*The Death of Superman/ A Morte do Super-Homem (DC,1992);
* Panic in the Sky/Pânico no Céu (DC, 1993);
* Zero Hour/Zero Hora (DC, 1994);
*Superman versus Aliens (DC/Dark Horse, 1995);
* Superman/Fantastic Four (DC/Marvel, 1999);
*Superman: Day of Doom/ Super-Homem: Dia do Juízo Final (DC,2003);
* You Can Draw Marvel Characters (Dorling Kindersley Publishing, 2005);
* The New 52: Futures End/Os Novos 52: Fim dos Tempos (DC, 2014)



Dois dos trabalhos que notabilizaram Dan Jurgens.
 
 


 
 
 





    



Principais criações:

18 setembro 2015

HERÓIS EM AÇÃO: BESOURO AZUL




   Com uma origem que remonta à Idade do Ouro dos quadradinhos, é um dos mais vetustos heróis ainda em atividade. Antes de granjear notoriedade sob os auspícios da DC Comics, foi propriedade intelectual de três outras editoras. Tantas quantas as encarnações que contabiliza no seu currículo.

Nome original da personagem: Blue Beetle
Criadores: Charles Nicholas (Besouro Azul I); Steve Ditko (Besouro Azul II); Keith Giffen, John Rogers e Cully Hamner (Besouro Azul III)
Licenciadora: Fox Comics/Holyoke Publishing (1939-1951), Charlton Comics (1952-1968) e DC Comics (1983 até à atualidade)
Primeira aparição (Besouro Azul I): Mystery Men Comics nº1 (agosto de 1939)
Primeira aparição (Besouro Azul II): Captain Atom nº83 (novembro de 1966)
Primeira aparição (Besouro Azul III): Infinite Crisis nº5 (março de 2006)
Identidades civis: Respetivamente, Dan Garret/Garrett, Ted Kord e Jaime Reyes
Afiliação: O primeiro Besouro Azul teve um adjunto juvenil chamado Sparky. O seu sucessor passou pelas fileiras da Liga da Justiça Internacional (LJI), das Aves de Rapina e, mais recentemente, da Tropa dos Lanternas Negros. Na sua encarnação moderna, o herói teve uma passagem fugaz pela rediviva LJI e pelos Novos Titãs.
Bases de operações: Respetivamente, Nova Iorque, Chicago e El Paso, Texas
Armas, poderes e habilidades: Na sua versão primitiva, o Besouro Azul possuía força, agilidade e resistência amplificadas devido à Vitamina 2-X. Substância que, tal como o traje à prova de bala que envergava quando enfrentava malfeitores, lhe fora providenciada por um farmacologista chamado Dr. Franz. A fonte dos seus poderes passaria contudo a ser o Amuleto do Besouro Azul (ver informação detalhada mais adiante neste artigo) quando, já na Idade da Prata, os direitos da personagem foram adquiridos pela Charlton Comics.
    Já o segundo Besouro Azul tinha como principal arma o seu génio criativo. Rivalizando nesse campo com o próprio Batman, Ted Kord concebeu uma vasta parafernália tecnológica para o combate ao crime. Entre as suas mais admiráveis invenções avultavam duas: o Inseto (nave em forma de besouro alimentada por energia solar) e a Arma Besouro (pistola que tanto disparava clarões ofuscantes como rajadas de ar comprimido para aturdir os seus adversários). Ao seu formidável arsenal, o herói associava a proficiência em diversas artes marciais.
   Graças à sua relação simbiótica com o Amuleto do Besouro Azul, na sua encarnação atual o herói dispõe de livre acesso aos recursos conferidos por esse artefacto místico de origem extraterrestre. Para proteger o seu portador, o amuleto recobre-o com um exoesqueleto altamente resistente, resiliente (permitindo-lhe adaptar-se ao meio ambiente e às características dos oponentes) e com um versátil arsenal integrado.        Além de força sobre-humana, a veste concede ao seu usuário a capacidade de manipular padrões energéticos e frequências vibracionais. No entanto, é ativada apenas quando o indivíduo que a enverga se encontra em perigo. Durante o resto do tempo permanece alojada na sua coluna vertebral,o que torna o processo de ativação e desativação extremamente doloroso.

Da Idade do Ouro à contemporaneidade: três gerações de Besouros Azuis.

Amuleto do Besouro Azul: Sofisticada bioarma desenvolvida milénios atrás por uma raça de saqueadores alienígenas para ser uma espécie de cavalo de Troia nos planetas a serem alvos de pilhagem. Após fundir-se com a fisiologia do seu hospedeiro, o artefacto enceta um processo de reprogramação mental para torná-lo obediente às diretivas dos seus criadores. O indivíduo converte-se dessa forma num agente infiltrado no seu mundo natal.
  De acordo com as lendas, o Amuleto do Besouro Azul (também designado Khaji Dha) foi portado pela primeira vez na Terra pelo faraó egípcio Kha-Ef-Re, que usou os seus recursos para fazer prosperar o seu reino e manter os inimigos à distância. Certo é que o artefacto foi sepultado com o faraó aquando da sua morte. Ao longo dos séculos, muitos foram os que perderam as suas vidas a tentar reclamá-lo para si. Período durante o qual o amuleto foi infundido de energias místicas, responsáveis pela reconfiguração dos seus poderes.
  Em meados da década de 1920, Dan Garrett, um arqueólogo norte-americano, encontrou o sarcófago de Kha-Ef-Re e tornou-se o novo beneficiário do Amuleto do Besouro Azul. Resistindo à sua influência, Garrett empregaria os poderes do artefacto em prol da sua cruzada contra o crime.

Khaji Dha ou Amuleto do Besouro Azul.

Histórico de publicação: Dan Garret, o Besouro Azul original, debutou em agosto de 1939 em Mystery Men Comics nº1, título lançado nessa data pela Fox Comics. Nos anos ulteriores, o herói estrelou uma série própria, tiras de jornal e até um folhetim radiofónico. No entanto, à semelhança de outras personagens da Idade do Ouro dos quadradinhos, cairia na obscuridade nos alvores da  década de 50 do século passado.
  Antes, porém, de ser votado ao ostracismo, o Besouro Azul teve um percurso editorial errático. Ainda sob os auspícios da Fox Comics, a periodicidade da sua série sofreu múltiplas alterações e alguns números nunca chegaram mesmo a ser produzidos. Acrescendo a isto um hiato de 19 edições em que Blue Beetle chegou às bancas com a chancela da Holyoke Publishing.

A estreia do Besouro Azul ocorreu em 1939, em Mystery Men Comics nº1 (Fox Comics).
Capa da edição inaugural do primeiro título a solo do Besouro Azul, lançado em 1940 pela Fox Comics.

  No início dos anos 50, a Fox Comics encerrou portas e vendeu à ex-concorrente Charlton Comics os direitos autorais do Besouro Azul. Antes de a personagem ser revitalizada em 1964 pela sua nova licenciadora, teve ainda direito a uns quantos volumes avulsos.Que pouco ou nada acrescentaram à sua essência.
  Entretanto, foram feitos alguns retoques à sua origem e ao seu apelido (que ganhou um segundo T na sua grafia). De agente policial, Dan Garrett passou a arqueólogo. Expediente usado para introduzir uma nova fonte para os poderes da personagem. Expirado o seu prazo de validade, a Vitamina 2-X deu lugar a um milenar artefacto místico chamado Amuleto do Besouro Azul. Alterações ainda assim insuficientes para fazer o herói voltar a cair nas boas graças dos leitores.
 Após três tentativas fracassadas de lançar uma série a solo do Besouro Azul, a Charlton Comics recambiou-o para as páginas de Captain Atom. Foi precisamente nesse título de charneira da editora que foi apresentado pela primeira vez Ted Kord. Retratado como um antigo aluno de Dan Garret, após a morte deste, Kord assumiu o seu legado heroico.
  Mercê da sua crescente popularidade entre os leitores, o Besouro Azul teve direito a nova série própria em 1967. Apenas um ano antes do cancelamento de toda a linha super-heroística da Charlton. Circunstância que ditaria a alienação desse lote de personagens à DC Comics em 1983.
 Incorporado na cronologia da Editora das Lendas, o Besouro Azul foi paulatinamente adquirindo notoriedade. Sobretudo por via da sua participação na Liga da Justiça Internacional no período pós-Crise nas Infinitas Terras. Grupo onde reencontrou outro ilustre ex-inquilino da Charlton - o Capitão Átomo - e onde formou uma divertidíssima parelha com o Gladiador Dourado (ambas as personagens já tiveram os seus perfis publicados neste blogue).

O recauchutado Besouro Azul da Idade da Prata mereceu destaque na capa de Captain Atom nº83 (1966). 

  Já neste século, mais precisamente em 2006, a DC introduziu na sua mitologia um terceiro Besouro Azul. De seu nome verdadeiro Jaime Reyes, o neófito herói ganhou um título próprio inicialmente escrito pela dupla Keith Giffen/John Rogers e onde pontificava a arte de Cully Hamner. Equipa criativa que seria desfeita dez meses depois com a saída de Giffen. Passado pouco tempo, foi a vez de Rogers lhe seguir as pisadas.
  Blue Beetle seria cancelado ao cabo de 36 edições. Decisão justificada pelas baixas vendas, inversamente proporcionais às expectativas nele colocadas. Em 2009, numa tentativa frustrada de reeditar a sua parceria com o Gladiador Dourado, o novo Besouro Azul assentou arraiais em Booster Gold. Com a reestruturação cronológica decorrente de Os Novos 52, o jovem herói ganharia, dois anos depois, um novo título a solo.
 A exemplo de vários congéneres seus, a personagem teve a sua origem recontada no âmbito dessa iniciativa. Com a principal novidade a residir na ausência de qualquer ligação com as suas versões pregressas.

A triunfal entrada em cena do novo Besouro Azul em Infinite Crisis nº5 (2006).

Biografias:

* Dan Garret (Fox Comics): Nos seus primórdios de combatente do crime, o Besouro Azul original não dispunha de quaisquer talentos especiais. Tratava-se simplesmente do filho de um agente policial assassinado em serviço por um meliante. Seguindo as pisadas do seu malogrado progenitor, em adulto Garret ingressou no Departamento de Polícia de Nova Iorque. Em paralelo, atuava como um vigilante mascarado que fazia justiça pelas próprias mãos. Ganharia mais tarde um uniforme à prova de bala e capacidades físicas sobre-humanas graças à misteriosa Vitamina 2-X. Ambos desenvolvidos pelo Dr. Franz, um farmacologista que muito admirava a diamantina fibra moral de Garret, razão pela qual o quis apetrechar para a sua cruzada.

Dan Garret, o Besouro Azul original.

*Dan Garrett (Charlton Comics): As transformações operadas na personagem por altura da sua migração para a Charlton foram muito além do simples acréscimo de uma consoante ao seu apelido. Por contraponto ao seu predecessor, esta variante do Besouro Azul original era dotada de superpoderes. Tendo estes sido obtidos através de um amuleto místico descoberto durante uma escavação arqueológica no Egito. A metamorfose de Dan Garrett ocorria sempre que ele proferia as palavras mágicas "Kaji Dha" (qualquer semelhança com o grito "SHAZAM!" do Capitão Marvel poderá, ou não, ser coincidência).

Dan Garrett, Besouro Azul com visual e apelido retocados.

Ted Kord (Charlton Comics/DC Comics): Dono de um QI muito acima da média, Ted Kord era o mais brilhante aluno de Dan Garrett. Quando este morreu em combate como Besouro Azul, Kord assumiu o seu legado heroico. Contudo, não conseguiu aceder aos poderes concedidos pelo amuleto místico ao seu mentor. Facto que compensou desenvolvendo uma vasta gama de acessórios e aparatos tecnológicos capazes de causar inveja ao próprio Batman. Anos atrás, na sequência da sua descoberta de uma base de dados, pertença do Xeque-Mate e contendo informação exaustiva sobre todos os meta-humanos do planeta, o Besouro Azul foi executado a sangue-frio.

Ted Kord, o mais emblemático dos Besouros Azuis.


*Jaime Reyes: Filho adolescente de um modesto casal de imigrantes mexicanos radicados em El Paso, certo dia Jaime encontrou num baldio o Amuleto do Besouro Azul. Intrigado, levou o insólito objeto para casa.  Nessa noite, enquanto o jovem dormia, o artefacto místico fundiu-se à sua espinha dorsal, induzido-lhe pesadelos. Com a ajuda do Gladiador Dourado, Jaime aprendeu a origem dos seus recém-adquiridos poderes, assim como a dominá-los. Outro dos seus mentores foi o Pacificador (Peacemaker, no orginal), personagem que outrora também fez parte da mitologia da Charlton Comics.

Jaime Reyes, um Besouro Azul para o século 21.

Noutros media:  Entre maio e setembro de 1940, o Besouro Azul (Dan Garret) teve uma efémera carreira radiofónica. Durante esse período foi o cabeça de cartaz de um folhetim relativamente bem-sucedido, embora com um registo mais ligeiro do que outros programas do género, como aquele que tinha na mesma época o Homem de Aço como protagonista. Curiosamente, quase 60 anos depois, em 1998, a personagem (agora na sua encarnação Ted Kord) desempenharia um pequeno papel no audiolivro da autoria de John Withman que adaptava a esse formato a novelização da saga Kingdom Come (Reino do Amanhã).

Blue Beetle radio.jpg
Cartaz promocional do folhetim radiofónico estrelado pelo Besouro Azul em 1940.

  Contudo, só neste século e já com Jaimes Reyes, é que o Besouro Azul se estreou no restante panorama audiovisual. Foi na série animada The Brave and the Bold (2008-2011), na qual também participou o seu antecessor (Ted Kord).
  Ainda no pequeno ecrã, mas agora em séries de ação real, o Besouro Azul marcou presença num episódio da última temporada de "Smallville", onde contracenou com o outro astro convidado: ninguém menos que o Gladiador Dourado. Também na segunda temporada de "Arrow" foram feitas referências às Indústrias Kord. Ao que parece, o intuito seria incluir o Besouro Azul na temporada seguinte da série. Afirmando ter outros planos para o herói, a DC obrigou a sua substituição por Ray Palmer (Átomo/Eléktron).

Encontro pouco amistoso entre o Besouro Azul e o Gladiador Dourado em Smallville.

  Recentemente, o ovacionado argumentista Geoff Johns anunciou na sua conta do Twitter que estaria em curso um casting para uma hipotética série televisiva baseada na versão moderna do Besouro Azul. Dada a atual proeminência dos super-heróis no cinema e na TV, não será de estranhar se, para gáudio dos fãs, o projeto vier mesmo a materializar-se.

Ouro sobre azul: certas amizades são eternas.

13 dezembro 2014

HERÓIS EM AÇÃO: GLADIADOR DOURADO



   Caído em desgraça no século 25, um ex-jogador de futebol americano viajou até à nossa época em busca de fama e fortuna, usando para isso tecnologia roubada e o seu conhecimento de acontecimentos históricos futuros. Apesar desta premissa pouco heroica, o Gladiador Dourado foi um ilustre membro da Liga da Justiça Internacional, tendo inclusivamente liderado a sua encarnação mais recente.

Nome original da personagem: Booster Gold
Primeira aparição: Booster Gold #1 (fevereiro de 1986)
Criador: Dan Jurgens
Licenciadora: Detective Comics (DC)
Identidade civil: Michael Jon Carter
Local de nascimento: Gotham City (século 25)
Parentes conhecidos: Jonar Carter (pai), Ellen Carter (mãe falecida), Michelle Carter (irmã gémea), Rip Hunter (filho) e Rani (filha adotiva).
Afiliação: Ex-membro da Liga da Justiça Internacional, dos Mestres do Tempo, do Conglomerado e da Corporação Gladiador Dourado.
Base de operações: Metrópolis (século 21)
Armas, poderes e habilidades: Destituído de superpoderes genuínos, as habilidades aparentemente meta-humanas do Gladiador Dourado provêm do equipamento que ele surripiou de um museu no futuro. Entre os vários apetrechos que compõem a sua parafernália, destacam-se:
- um anel de voo da Legião dos Super-Heróis do século 31 (que ele, graças à sua poderosa força de vontade e num feito ao alcance de poucos, consegue controlar à distância);
- um visor especial que lhe confere visão infravermelha e telescópica, mas também lhe amplifica a audição;
- um par de braceletes que, além de lhe permitirem disparar rajadas energéticas de intensidade variável, funcionam igualmente como comando integrado e fonte de alimentação do seu traje;
- um traje especial (cuja versão primitiva incluía uma capa) que, entre outras coisas, lhe amplifica as suas capacidades físicas e lhe assegura proteção corporal por via da projeção de um campo de força. O qual , por sua vez, pode também absorver e ejetar massa, tanto na sua forma original como sob a forma de uma amálgama;
- circuitos integrados de deslocamento temporal: em tempos dependente de uma esfera cronal para viajar no tempo, na sua mais recente encarnação saída de Os Novos 52!, o Gladiador Dourado já demonstrou ser capaz de o fazer de forma autónoma. Facto que deriva de uma atualização feita pelo seu filho aos circuitos internos do seu traje. Dessa forma o herói consegue agora não só deslocar-se com maior segurança no fluxo cronológico, como também detetar e reparar quaisquer anomalias no mesmo.
  A estes formidáveis recursos tecnológicos somam-se ainda a sua capacidade atlética, o seu vasto conhecimento historiográfico e o envelhecimento celular retardado resultante da infeção cronal que tempos atrás o acometeu.

Mesmo sem superpoderes, o Gladiador Dourado é um adversário de peso.

Histórico de publicação: Com a particularidade de ter sido a primeira personagem de relevo introduzida na renovada cronologia da DC após Crise nas Infinitas Terras (mais informação sobre aquela que é considerada a mãe de todas as sagas em http://bdmarveldc.blogspot.pt/2014/10/do-fundo-do-bau-crise-nas-infinitas.html), o Gladiador Dourado fez a sua resplandecente estreia no primeiro número do seu próprio título, Booster Gold, em fevereiro de 1986. No ano seguinte, tornou-se presença assídua nas histórias da Liga da Justiça que, sob a égide de Maxwell Lord, adquiriria pouco tempo depois âmbito internacional. Juntamente com outros heróis, como Besouro Azul (com quem formou uma das mais hilárias duplas da história da nona arte), Fogo, Gelo e Guy Gardner (outro dos lanternas verdes da Terra), o Gladiador Dourado fez parte da equipa até ao seu desmantelamento em 1996. Foi, de resto, ele um dos principais expoentes daquela que é, ainda hoje, considerada uma das mais divertidas - e polémicas  - fases do mais emblemático coletivo heroico da Editora das Lendas.

A estreia do Gladiador Dourado em Booster Gold #1 (1986).

   Mais de uma década volvida, em 2007, foi anunciado o lançamento de uma nova série mensal estrelada pelo herói futurista. Inicialmente intitulada All-New Booster Gold, chegaria contudo às bancas simplesmente como Booster Gold. Na esteira dos eventos narrados na saga 52 (tópico para um futuro artigo), numa primeira fase as histórias foram coescritas por Geoff Johns e Jeff Katz, ficando a respetiva arte a cargo de ninguém menos do que o próprio criador da personagem, Dan Jurgens.
   Na altura, o principal enfoque da série incidia sobre a natureza clandestina das excursões cronológicas levadas a cabo pelo Gladiador Dourado. Nela foram também incluídos importantes coadjuvantes, como Rip Hunter, Skeets e alguns antepassados do herói.
   Ao cabo de uma dúzia de edições publicadas, a série viu partir a sua parelha de argumentistas, passando Dan Jurgens a acumular temporariamente as funções de escritor e desenhista. Cedendo entretanto lugar nas primeiras ao veterano Chuck Dixon.

Pertence a Dan Jurgens a "paternidade" do Gladiador Dourado.

   Em maio de 2010, Keith Giffen (autor da supramencionada polémica fase da Liga da Justiça Internacional) foi chamado a assumir Booster Gold. O título passaria, assim, a estar interligado com a minissérie então em curso, Justice League: Generation Lost. Nela, o Gladiador Dourado uniria forças com os seus ex-companheiros de equipa Capitão Átomo, Fogo e Gelo para derrotar um ressuscitado Maxwell Lord. A partir de julho desse ano - e até fevereiro do seguinte - seria também um dos protagonistas- a par do Super-Homem e do Lanterna Verde - da minissérie Time Masters: Vanishing Point. Esta, por sua vez, constituiu um apenso da saga Return of Bruce Wayne, tendo como atrativos adicionais, por um lado, a reintrodução no Universo DC do Flash Reverso - um dos inimigos clássicos do Velocista Escarlate; por outro, o estabelecimento de uma base narrativa para o grande crossover da DC nesse ano: Flashpoint (preâmbulo para Os Novos 52! publicado no Brasil em 2012 pela Panini Comics).

O renovado visual do Gladiador Dourado em Os Novos 52!

Biografia: Michael Jon Carter e a sua irmã gémea Michelle nasceram numa zona pobre e degradada da Gotham City do século 25. Mais precisamente no ano da graça de 2442. No dia do seu quarto aniversário, o pai de ambos, um jogador compulsivo atolado em dívidas, fugiu para parte incerta. Michael e Michelle foram, por isso, criados apenas pela sua dedicada mãe.
  Atleta de exceção, no final da adolescência Michael conseguiu uma bolsa universitária devido à sua condição de jogador de futebol americano. Facto que lhe valeu a alcunha de Booster (dentre as traduções possíveis do termo, "propulsor" será porventura a mais adequada) e o levou a acalentar a esperança de futuramente vir a ser contratado por algum dos grande clubes nacionais. Entre outras coisas, isso permitir-lhe-ia financiar o tratamento médico de que a sua mãe - a braços com uma doença debilitante - necessitava mas que a sua família não tinha como custear.
   Revelando ter herdado do pai a apetência pelo jogo, Michael envolveu-se num esquema de apostas ilegais e de resultados combinados, chegando mesmo a perder propositadamente algumas partidas. Foi, contudo, dessa forma que conseguiu reunir dinheiro suficiente para pagar o tratamento médico de que a sua mãe tanto precisava. No entanto, logo após a cura da sua progenitora, Michael foi preso sob a acusação de jogo ilegal e viciação de resultados. Um desgosto que partiu o coração da sua mãe e envergonhou a sua irmã.
  Cumprida a pena de prisão, Michael saiu em liberdade e conseguiu um emprego como vigilante no Museu Espacial de Metrópolis, local onde viu pela primeira vez imagens e gravações dos principais heróis do século 20.Inspirado pelas suas aventuras e façanhas, resolveu dar num novo rumo à sua vida, tornando-se ele próprio um super-herói. Com esse objetivo em vista, roubou alguns artefactos expostos no museu (ver listagem completa na rubrica "Armas, poderes e habilidades"), além de um robô de segurança chamado Skeets ,que se tornaria daí em diante seu fiel serviçal. Assenhorou-se ainda de  uma esfera cronal que usou para recuar no tempo até aos finais do século 20. Já no passado, adotou inicialmente o nome Goldstar. Depois, usou o seu conhecimento da história futura para salvar a vida do presidente dos EUA quando este foi alvo de uma tentativa de assassinato. Devido a uma confusão semântica, na cerimónia a que teve depois direito na Casa Branca, acabou por ser apresentado como Gladiador Dourado. Nome que ficou e que ele usaria doravante também como marca comercial.
  Obcecado com autopromoção e lucro, o Gladiador Dourado não se limitou, com efeito, a empreender uma carreira heroica. Em paralelo a esta, lançou-se no mundo dos negócios fundando em Metrópolis uma corporação que se dedicava essencialmente à comercialização de merchandising inspirado no próprio Gladiador. Traços de personalidade que irritam solenemente alguns dos seus pares, com Batman à cabeça. Nada que tire, porém, o sono ao herói vindo do futuro, que não vê motivo para não juntar o útil ao agradável. Porque não há de, afinal, o combate ao crime ser uma atividade lucrativa?
  Integrado nas fileiras da Liga da Justiça Internacional (LJI), o Gladiador Dourado logo estabeleceu uma forte amizade com o Besouro Azul. Ambos seriam, aliás, responsáveis por um extenso rol de embaraços e prejuízos causados à equipa então sob os auspícios de Maxwell Lord. A título exemplificativo, em determinada altura os dois estarolas consideraram perfeitamente razoável a ideia da construção de um casino numa ilha viva...

Foto de família da Liga da Justiça Internacional.
Em pé, da esquerda para a direita.: Capitão Átomo, Soviete Supremo, Batman, Caçador de Marte e Guy Gardner.
Em baixo (pela mesma ordem): Maxwell Lord, Gladiador Dourado, Besouro Azul (com Oberon à frente), Senhor Milagre e Canário Negro.
   Cansado de não ser levado a sério pelos seus companheiros de equipa, o Gladiador Dourado abandonou temporariamente a LJI e formou o Conglomerado (espécie de sociedade de heróis de aluguer). Não tardaria, porém, a regressar, bem a tempo de enfrentar uma das mais poderosas ameaças com que a Liga alguma vez se deparara: Apocalypse. Foi ele, de resto, quem assim batizou o monstro que seria o verdugo do Super-Homem. Durante a batalha, o Gladiador Dourado teve o seu traje destruído por Apocalypse, quase morrendo às mãos da criatura.
   Com maior ou menor destaque, o Gladiador Dourado participou em praticamente todas as sagas de maior envergadura produzidas pela DC na última década. Casos de, por ordem cronológica, Infinite Crisis (2005-06), 52 (2006-07), One Year Later (2007-08), Brightest Day (2010-11), Flashpoint (2011) e The New 52 (2011 até ao presente). Na renovada cronologia da DC saída desta última, ele surgiu como o improvável líder da nova encarnação da Liga da Justiça Internacional. Funções para as quais foi escolhido pela ONU e que levou muito a sério, empenhando-se em ser um herói digno desse nome.
  Todavia, malgrado os esforços do Gladiador Dourado e o apoio manifestado por Batman à sua liderança, a nova LJI teve vida curta, sendo desmantelada após ter sido alvo de sucessivos ataques terroristas que vitimaram alguns dos seus membros.
  Entretanto, uma versão futura do herói alertou-o para a catástrofe que resultará do romance entre o Super-Homem e a Mulher-Maravilha. Instantes depois de ter recebido este aviso, o Gladiador Dourado desapareceu sem deixar rasto. Recentemente, porém, reapareceu na Gotham City do século 19, persistindo o mistério em redor desse facto.

Ação promocional falhada do Gladiador Dourado.

Legado: Desde a sua origem, diversas personagens proeminentes do Universo DC insinuaram que ao Gladiador Dourado estará reservado um destino muito mais grandioso do que ele imagina. Logo na saga Millennium (publicada originalmente nos EUA em 1988, e pela editora Abril no Brasil no ano seguinte),  a Precursora revela ao Caçador de Marte que o Gladiador Dourado é um dos Escolhidos.Devendo, por isso, ser protegido a todo o custo. Quase um quarto de século depois, em 52, Rip Hunter afirma que o momento em que o Gladiador Dourado salvou o multiverso da destruição será recordado no futuro como a "aurora dourada" .
  Mais tarde, na revitalizada série Booster Gold, o mesmo Rip Hunter refere-se ao legado heroico do Gladiador Dourado. É igualmente revelado que ele treinará o maior dos Mestres do Tempo, sendo simultaneamente o pai do próprio Rip.
  Devido à complexa dinâmica das viagens através do fluxo cronológico, a versão futura do Gladiador Dourado - operando com a sua esposa a partir de uma época desconhecida - monitoriza atentamente a trajetória do seu eu passado, bem como a do seu filho, assegurando dessa forma que ambos cumprem os respetivos destinos manifestos. No entanto, em virtude de um fenómeno denominado "paradoxo de predestinação", o Gladiador Dourado do futuro demonstra ser um Mestre do Tempo mais experiente do que o seu descendente. É ainda sugerido que a sua empreitada consiste em "podar" as linhas temporais divergentes em cada um dos universos que compõem o multiverso, por forma a preservar a coerência e harmonia cronológicas.

Um nómada cronológico cujo heroísmo reverbera pelas eras.
     
Noutros media: Apesar de uma modesta 173ª posição na lista das 200 melhores personagens de sempre dos quadradinhos compilada pela revista Wizard, o Gladiador Dourado obteve um respeitável 59º lugar no Top 100 dos maiores super-heróis de todos os tempos organizado pelo site IGN. Fora da banda desenhada, a sua estreia ocorreu em 2006 quando integrou o elenco da Liga da Justiça que estrelou nesse ano a série animada Justice League Unlimited. Na esteira dessa sua participação, marcou posteriormente presença em episódios avulsos de mais um par de produções do género: Legion of Super-Heroes (2006) e Batman: the Brave and the Bold (2008-2011). A sua relevância em ambas foi, contudo, diminuta.
  Ainda no pequeno ecrã, em 2011 o Gladiador Dourado participou no 18º episódio da 10ª temporada de Smallville, interpretado por Eric Martsolf. Numa adaptação bastante fiel ao conceito original, a personagem é retratada como um egocêntrico ávido de fama e glória proveniente do futuro, que viaja para a nossa época para se tornar uma celebridade. Razão pela qual ostenta os logotipos de vários patrocinadores no seu uniforme.
  Em 2013, o canal SyFy encomendou à Berlanti Productions uma série real do Gladiador Dourado, ao estilo de Arrow e The Flash. Projeto que, até ao momento, continua na gaveta. O mesmo sucedendo com o filme baseado no herói cuja produção foi nesse mesmo ano anunciada por David S. Goyer (argumentista, entre outros, da mais recente trilogia do Cavaleiro das Trevas).

Eric Martsolf deu vida ao Gladiador Dourado em Smallville.